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O hacker adolescente que cresceu e quer ser presidente dos EUA

Beto O'Rourke já assumiu que é candidato às primárias democratas.

O hacker adolescente que cresceu e quer ser presidente dos EUA
Notícias ao Minuto

17:31 - 15/03/19 por Pedro Filipe Pina

Mundo Beto O'Rourke

Há mais de uma dezena de nomes que estão a preparar-se para concorrer às primárias do partido democrata.

Será desta eleição que sairá o nome de quem vai desafiar Donald Trump nas presidenciais, em 2020.

Entre os democratas há nomes que se destacam na corrida, é o caso de Bernie Sanders, que em 2016 perdeu por pouco o seu lugar para HIllary Clinton, que acabou por ser derrotada por Trump. Mas também de Beto O'Rourke, o congressista democrata pelo Texas, que esta semana anunciou a sua candidatura.

É normal que, à medida que um candidato ganha destaque, se vá também descobrindo mais sobre o seu passado. Da Reuters chega-nos a história curiosa, confirmada já pelo próprio, do passado de hacker de Beto O'Rourke no tempo em que era adolescente. 

Beto O'Rourke, que na juventude também foi guitarrista de uma banda punk no Texas, tem atualmente 46 anos. O que quer dizer que, no tempo em que se aventurava na Internet durante a adolescência, estávamos ainda nos primórdios da web como hoje a conhecemos. Era aquele tempo em que a Internet lá de casa 'soluçava' quando alguém telefonava lá para casa.

Estávamos ainda nos anos 80 quando Beto O'Rourke integrou o 'Cult of the Dead Cow', um grupo que juntava diversos jovens hackers, que partilhavam as suas experiências.

Conta o jornalista da Reuters que, a propósito da pesquisa para um livro que sairá dedicado ao grupo - 'Cult of the Dead Cow: How the Original Hacking Supergroup Might Just Save the World' - Beto O'Rouke confirmou que fez parte do grupo.

As suas proezas mais ilegais foram semelhantes às de outros jovens do grupo - e que valeram apenas 'reprimendas', ou seja, não implicaram crimes considerados graves pelas autoridades. Beto conseguia abrir uma porta 'travessa' a serviços de chamadas à distância, conseguindo assim participar em longas conversas.

Como parte do grupo, o candidato democrata escreveu ainda pequenos ensaios, sob o pseudónimo 'Psychedelic Warlord'. Escreveu uma ou outra peça de ficção e até um ensaio a troçar de um neonazi.

Saliente-se, porém, que o grupo ganhou destaque internacional porque alguns elementos conseguiram desenvolver e divulgar código de programação que mostrava como era possível aceder remotamente a computadores de outros utilizadores. Embora sem casos de maior gravidade, a verdade é que estes jovens hackers obrigaram a Microsoft a reforçar a cibersegurança.

À Reuters, O’Rourke recorda os tempos de hacker adolescente como uma forma de fazer parte do "sistema e olhar para ele de forma crítica". Algo que, defende, o grupo de que fez parte, 'Cult of the Dead Cow', é "um grande exemplo".

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