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Mulher vítima de violência doméstica mata marido agressor com 185 facadas

O caso está a comover a Argentina e a opinião pública divide-se.

Mulher vítima de violência doméstica mata marido agressor com 185 facadas
Notícias ao Minuto

10:14 - 13/03/19 por Notícias ao Minuto

Mundo Argentina

No passado fim de semana, Alberto Elvio Naiaretti, de José C. Paz, um subúrbio nos arredores de Buenos Aires, foi morto à facada pela mulher. Paola Córdoba, de 38 anos desferiu 185 golpes no marido depois de ser vítima de maus tratos durante vários anos. Um ataque que supera o recorde de um crime desse tipo no país.

Paola viveu um inferno durante 23 anos. Foi levada de casa dos pais quando tinha 15 anos e afastou-se da família e dos amigos. Não podia utilizar redes sociais, não podia receber a visitas das irmãs e o marido ameaçava várias vezes as quatro  filhas com violações. Alguns vizinhos referem ainda que a mulher era obrigada a prostituir-se.

Na noite de domingo, conta o El Mundo, quando o crime ocorreu, Alberto dizia: "É hoje que te mato e às tuas filhas". Paola decidiu que não aguentava mais maus-tratos nem violência. Pegou numa faca e entrou numa discussão com o marido. Milagros, uma das filhas, com 18 anos, escutou os gritos dos pais, ainda tentou separá-los mas quando não conseguiu acabou por esfaquear também o pai. Entre mãe e filha foram 185 facadas.

Os médicos da polícia científica de San Martín responsáveis pela autópsia referiram que a maioria dos ferimentos era superficial, exceto quatro que eram profundos tendo atingido o coração e o pulmão esquerdo.

"A minha irmã tinha medo que se voltasse a levantar", disse María, a irmã de Paola, que já tinha feito três denúncias contra o cunhado.

Paola chamou os serviços de emergência. Quando a polícia chegou, confessou o crime. As duas mulheres ficaram detidas e estão acusadas de homicídio agravado, um crime que pode resultar numa pena de prisão perpétua.

O crime está a comover a Argentina e a opinião pública divide-se entre os que consideram que o homicídio não se justifica e os que creem que Paola agiu em legítima defesa e que nem deveria ser condenada porque se tratava de uma vítima de violência doméstica.

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