Guaidó assistiu a partida simbólica de camiões com ajuda na fronteira
O Presidente interino venezuelano, Juan Guaidó, assistiu hoje, na fronteira com a Colômbia, à partida simbólica de camiões com ajuda humanitária para a Venezuela.
© Lusa
Mundo Colômbia
"A ajuda humanitária vai a caminho da Venezuela", afirmou Guiadó na fronteira em Cúcuta, Colômbia, cerca das 15:35 em Lisboa (11:35 na Venezuela), minutos antes de subir a um camião com ajuda, numa cerimónia transmitida em direto pelas televisões.
Ao lado de Guaidó, estava o Presidente colombiano, Ivan Duque, que antes formalizou a entrega dos camiões com a ajuda humanitária.
"Acaba de ser entregue a ajuda humanitária ao Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó. Exigimos que seja permitida a sua entrada de forma pacífica em território venezuelano para quem dela necessita", afirmou Duque, ao lado de Guaidó, do lado colombiano da fronteira, junto à ponte de Tienditas.
Impedi-la "é um atentado contra os direitos humanos e poderia ser considerado um crime contra a humanidade", acrescentou.
Até às 16:20, não havia ainda informação de fontes independentes sobre a entrada em território venezuelano do comboio humanitário.
Nestas declarações, Juan Guaidó, que há um mês se autoproclamou Presidente interino, apelou às forças armadas do seu país a colocarem-se do "lado correto da história" e permitir a entrada do comboio de camiões.
Hoje é a data limite anunciada pelo autoproclamado Presidente interino venezuelano, Juan Guaidó, para a entrada no país de 14 camiões e 200 toneladas de ajuda humanitária reunida para a Venezuela.
Juan Guaidó, opositor de Maduro e reconhecido por mais de 50 países como Presidente interino do país, prometeu introduzir essa ajuda humanitária na Venezuela neste dia, numa operação para a qual estão mobilizados milhares de cidadãos.
A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando Juan Guaidó se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos do Presidente Nicolás Maduro.
Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.
Nicolás Maduro, 56 anos, no poder desde 2013, recusou o desafio de Guaidó e denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.
A maioria dos países da União Europeia, entre os quais Portugal, reconheceram Guaidó como Presidente interino encarregado de organizar eleições livres e transparentes.
A repressão dos protestos antigovernamentais desde 23 de janeiro provocou já dezenas de mortos, de acordo com várias organizações não-governamentais.
Esta crise política soma-se a uma grave crise económica e social que levou cerca de 3,4 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados da ONU.
Em 2016, a população da Venezuela era de aproximadamente 31,7 milhões de habitantes e no país residem cerca de 300.000 portugueses ou lusodescendentes.
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