Dados hoje divulgados pela Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas (Frontex) revelam que, "no primeiro mês de 2019, o número de deteções de travessias ilegais de fronteira nas principais rotas migratórias da Europa caiu um terço em relação a dezembro, para 6.760".
Este número foi ainda "um quinto abaixo do que registado em janeiro de 2018 devido ao menor número de migrantes na rota do Mediterrâneo Central", justifica aquele organismo.
Foi, inclusive, nesta rota do Mediterrâneo Central que se registou em janeiro deste ano a maior descida no número de travessias ilegais, num total de 150, menos 73% face a dezembro passado e menos 96% do que em janeiro do ano passado.
Por aqui passaram, essencialmente, cidadãos do Bangladesh e da Tunísia com destino a Itália.
A rota mais usada pelos migrantes continuou, porém, a ser a do Mediterrâneo Ocidental, sendo responsável por metade das travessias ilegais no primeiro mês deste ano, a maioria dos quais cidadãos da Guiné e de Marrocos.
Registaram-se, ao todo, 3.780 passagens ilegais nesta rota, menos 18% do que em dezembro passado, mas o dobro das de janeiro de 2018.
Na rota do Mediterrâneo Oriental registaram-se cerca de 2.540 travessias ilegais (-44% do que em dezembro passado e +10% do que no período homólogo), feitas por mar e por terra por cidadãos do Afeganistão e da Turquia.
Por seu lado, na zona dos Balcãs Ocidentais, registaram-se 300 travessias ilegais no primeiro mês deste ano (metade do que no mês anterior e -42% do que em janeiro de 2018), essencialmente cidadãos do Afeganistão.
A Frontex adianta que os dados hoje divulgados se referem ao número travessias ilegais detetadas nas fronteiras externas da União Europeia, precisando que uma pessoa pode tentar por diversas vezes, e em diferentes locais, atravessar uma fronteira externa.