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Brexit: Novo partido com apoio de Farage pronto para eleições europeias

Partido já foi reconhecido oficialmente pela Comissão Eleitoral Britânica

Brexit: Novo partido com apoio de Farage pronto para eleições europeias
Notícias ao Minuto

20:08 - 08/02/19 por Lusa

Mundo Reino Unido

Um novo Partido do Brexit formado no Reino Unido por antigos membros do partido eurocético UKIP, incluindo Nigel Farage, foi reconhecido oficialmente hoje pela Comissão Eleitoral Britânica.

O partido tem o apoio do eurodeputado e antigo líder do UKIP Nigel Farage, que durante anos promoveu uma campanha pela saída do Reino Unido da União Europeia (UE) e defende uma saída em rutura com o bloco a 29 de março.

"O partido foi fundado com meu total apoio e com a intenção de participar das eleições europeias de 23 de maio, se o 'Brexit' não for implementado até lá", afirmou Nigel Farage ao jornal The Daily Telegraph, afirmando que será candidato se tal acontecer.

Farage acrescentou que o novo partido recebeu "centenas de candidaturas" de outros aspirantes a candidatos, bem como "importantes" promessas de financiamento.

Nigel Farage abandonou o UKIP em dezembro em desacordo com a nova liderança, que se aproximou do ativista anti-islamismo e futura da extrema direita Stephen Yaxley-Lenon, conhecido por Tommy Robinson.

Porém, apesar de nunca ter conseguido ser eleito para o parlamento britânico, continua a ser uma figura reconhecida da política nacional e um dos maiores rostos do 'Brexit', cujo desfecho continua incerto.

O novo partido foi registado esta semana por Catherine Blaiklock, uma antiga dirigente do UKIP que falhou uma candidatura a deputada pelo círculo de Great Yarmouth, uma área onde residem milhares de portugueses no leste de Inglaterra.

Na altura, destacou-se por usar a fotografia do marido, de origem jamaicana, para contrariar as acusações de racismo ao partido, que defende uma redução e controlo da imigração para o Reino Unido.

Ao Daily Telegraph, garantiu que o partido poderá atrair "milhares" de membros do partido Conservador insatisfeitos com a atual estratégia do governo.

Embora a saída da UE esteja marcada para 29 de março, a primeira-ministra britânica continua sem conseguir garantir uma saída ordenada devido à rejeição pelo parlamento em janeiro do acordo que negociou com Bruxelas.

Uma maioria de deputados conservadores e do Partido Democrata Unionista (DUP) votou entretanto uma proposta para Theresa May renegociar uma alteração ao documento que substitua a solução para a Irlanda do Norte prevista para evitar uma fronteira física com a vizinha Irlanda.

O impasse não só no parlamento britânico mas também com a UE, que recusa renegociar o acordo, fez aumentar o risco de uma saída desordenada, sem acordo, ou um adiamento do 'Brexit' para além de 29 de março, o que May tem até agora refutado.

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