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Papa ordena investigação a alegados abusos na Congregação Marista

O papa Francisco ordenou que sejam investigados os alegados casos de abusos sexual por parte de alguns membros da Congregação dos Irmãos Maristas no Chile, anunciou hoje o Vaticano.

Papa ordena investigação a alegados abusos na Congregação Marista
Notícias ao Minuto

16:56 - 16/01/19 por Lusa

Mundo Chile

A investigação será feita a pedido do papa pela Congregação para a Doutrina da Fé.

O porta-voz interino do Vaticano, Alessandro Gisotti, disse à agência noticiosa EFE que esta é uma medida excecional uma vez que a congregação é composta por leigos.

Alessandro Gisotti adiantou que "como regra, a Congregação para a Doutrina da Fé trata desses crimes somente quando as acusações dizem respeito a sacerdotes.

Os Maristas são religiosos seculares, fizeram votos, mas não foram ordenados.

O porta-voz disse ainda que surgiram relatos de abusos na escola dos Maristas durante a missão especial no Chile, ordenada pelo papa em fevereiro e maio de 2018 e realizada pelo arcebispo de Malta, Charles Scicluna, e pelo padre espanhol Jordi Bertomeu.

As denúncias sobre os abusos cometidos nas escolas dos irmãos maristas incluem casos ocorridos há várias décadas, que nunca tinham sido denunciados antes.

As investigações sobre casos de abuso sexual na Igreja católica do Chile levaram já à abertura de 148 processos que indiciam a existência de pelo menos 255 vítimas.

No início de agosto, num gesto de transparência da Igreja chilena, a Conferência Episcopal do país publicou uma lista com os nomes de bispos, sacerdotes e diáconos condenados, pela justiça civil ou canónica, por abuso sexual de menores.

Durante a sua viagem ao Chile, em janeiro, o papa pediu perdão pelos crimes de pedofilia cometidos por membros da Igreja Católica no país, referindo que sentiu "dor e vergonha" diante do "dano irreparável" causado às crianças vítimas de abuso sexual.

Mais tarde, o arcebispo de Malta, Charles Scicluna, foi enviado ao país para investigar casos de pedofilia na Igreja chilena, ouvindo as alegadas vítimas.

O que o enviado do papa ao Chile veio a descobrir e a relatar acabou por desencadear uma renúncia em bloco dos bispos chilenos, sete das renúncias foram aceites pelo papa, assim como um compromisso de reparação dos danos e de mudanças na Igreja.

A 14 de janeiro, o papa voltou a reunir-se com os bispos chilenos para dar a conhecer as medidas que já tomaram face aos casos de abuso sexual por membros do clero.

No final da reunião de três horas, o secretário-geral da Conferência Episcopal Chilena (CECH), Fernando Ramos, explicou que a reunião foi "cordial e de grande colaboração", tendo o papa feito uma série de sugestões.

A 12 de setembro, o papa Francisco decidiu marcar uma cimeira sobre a proteção de crianças, a realizar de 21 a 24 fevereiro 2019, convocando os presidentes de todas as conferências episcopais da igreja católica.

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