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EUA são incapazes de mudar política soberana da Rússia

Os Estados Unidos são incapazes de mudar a política soberana da Rússia, apesar de todo o seu poder económico, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, numa entrevista hoje publicada pelo semanário 'Argumentty i Fakti'.

EUA são incapazes de mudar política soberana da Rússia
Notícias ao Minuto

09:21 - 15/01/19 por Lusa

Mundo Kremlin

"Embora seja a maior economia do mundo, os EUA não têm instrumentos que possam forçar a Rússia a renunciar à sua política soberana", disse Peskov.

"As sanções (contra a Rússia) não mudaram", afirmou o porta-voz da presidência russa, acrescentando que nem a Rússia tem instrumentos para forçar os americanos a renunciarem às suas políticas.

Dmitri Peskov classificou como "conspiração" as versões que circulam nos Estados Unidos sobre a existência de uma aliança entre os presidentes americano, Donald Trump, e russo, Vladimir Putin, e que vá ocorrer rapidamente um levantamento das sanções contra a Rússia.

"Os Estados Unidos estão numa nova situação: a sociedade e o governo estão divididos, e o resultado são as condições complexas em que Trump tem que trabalhar", disse o porta-voz, destacando que as sanções "não são um jogo".

Dmitriv Peskov indicou também que o novo agravamento das relações entre a Rússia e a Ucrânia está relacionado com a campanha de reeleição do Presidente ucraniano, Petro Poroshenko, que está atrás da ex-primeira-ministra Yulia Timoshenko nas sondagens de intenção de voto para as eleições de março.

"Para isso (Poroshenko) terá de planear vários estratagemas, como provocação, no Estreito de Kerch", disse, referindo-se ao incidente naval em novembro do ano passado.

A tensão entre a Rússia e a Ucrânia agravou-se quando a guarda costeira da Marinha de Guerra russa apresou três embarcações da Armada da Ucrânia, ao largo do território da Crimeia.

A Crimeia foi ocupada e anexada pela Rússia em 2014.

Na entrevista, o porta-voz do Kremlim disse estar "pessimista" quanto à perspetiva de um acordo sobre o conflito no leste da Ucrânia.

"Para avançar é necessário que a Ucrânia entenda as consequências de uma guerra civil. Deve rever a sua política de exclusão das duas maiores regiões do país (Donetsk e Lugansk) e só então, aparentemente, Kiev começará a cumprir os acordos de Minsk (para a resolução do conflito) ", explicou.

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