Conselho de Segurança da ONU decide enviar observadores para o Iémen
O Conselho de Segurança da ONU decidiu hoje por unanimidade enviar observadores civis para o Iémen para supervisionar a aplicação do cessar-fogo negociado pelas Nações Unidas, que entrou em vigor na passada terça-feira.
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Mundo Iémen
A resolução foi redigida pelo Reino Unido e adotada pelos 15 Estados-membros que compõe o Conselho de Segurança.
As partes envolvidas na guerra do Iémen acordaram um cessar-fogo em toda a província de Hodeida (oeste) no passado dia 13 de dezembro na Suécia.
O acordo entre o governo iemenita, apoiado por uma coligação liderada pela Arábia Saudita, e os rebeldes xiitas Huthis, ajudados pelo Irão, foi negociado sob os auspícios da ONU e prevê uma trégua e a retirada de combatentes de Hodeida, cidade portuária por onde passa grande parte da ajuda humanitária e das importações.
Garantir o funcionamento do porto estratégico de Hodeida e supervisionar a retirada de combatentes daquela cidade portuária serão os principais aspetos da missão de observadores.
O enviado da ONU para o Iémen, Martin Griffiths, defendeu uma rápida mobilização dos observadores para o território iemenita, afirmando que tal será "essencial" para fornecer a confiança necessária de que a trégua será cumprida.
Por sua vez, a embaixadora britânica junto da ONU, Karen Pierce, saudou o apoio unânime dos Estados-membros do Conselho de Segurança sobre um assunto "tão importante e que afeta atualmente tantos milhões de cidadãos no Iémen".
Desde o início da trégua, as acusações de violação do acordo têm surgido dos dois lados.
A guerra no Iémen, desencadeada em meados de 2014, já causou pelo menos 16.000 mortos.
A ONU tem denunciado que o Iémen vive uma das piores crises humanitárias no mundo, com vários milhões de iemenitas ameaçados pela fome.
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