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NATO promete mais ajuda à Ucrânia para lidar com ameaça russa

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, anunciou hoje que a organização oferecerá equipamentos de comunicação "seguros" até ao final do ano, como parte do apoio à Ucrânia, após incidentes com marinha russa.

NATO promete mais ajuda à Ucrânia para lidar com ameaça russa
Notícias ao Minuto

14:11 - 13/12/18 por Lusa

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"Continuamos preocupados com a tensão que se intensificou no mar de Azov e na área circundante. Não há justificação para o uso da força militar russa contra navios e marinheiros ucranianos", disse Stoltenberg, referindo-se ao confronto que levou a marinha russa a apresar três barcos ucranianos e respetiva tripulação.

Durante uma conferência de Imprensa conjunta com o Presidente Ucraniano, Petro Poroshenko, e após uma reunião entre ambos, em Bruxelas, Stoltenberg lembrou que a NATO já ajuda a Ucrânia através de vários fundos fiduciários, um deles focado na melhoria do comando e controlo das telecomunicações.

"Hoje, disse ao Presidente Poroshenko que forneceremos equipamentos de comunicação seguros para as Forças Armadas ucranianas até o final deste ano", disse o político norueguês.

Stoltenberg lembrou ainda que a NATO tem apoiado Kiev para melhorar a sua logística naval e as capacidades de defesa cibernética, e que, para responder às "ações agressivas da Rússia", aumentou a sua presença no mar Báltico, nos últimos anos, numa postura que a organização continuará a avaliar.

Jens Stoltenberg exigiu novamente que a Rússia "libertasse imediatamente" os marinheiros e navios capturados e que permitisse a liberdade de navegação, incluindo o livre acesso aos portos ucranianos do mar de Azov.

Além disso, Stoltenberg insistiu na condenação à "anexação ilegal" da península ucraniana da Crimeia pela Rússia, que a NATO não reconhece".

O secretário-geral também considerou que a construção por Moscovo de uma ponte sobre o estreito de Kerch é "outra violação da soberania e integridade territorial da Ucrânia".

Stoltenberg salientou que essas ações fazem parte do "padrão de comportamento desestabilizador" da Rússia na área, o que se "vê todos os dias", no leste da Ucrânia, onde os relatos de violações de acordos de cessar-fogo, até com recurso a armas proibidas pelos acordos de paz de Minsk, visando pacificar a região que se encontra nas mãos dos separatistas pró-russos.

Stoltenberg também lamentou que a missão de observação da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) continue a enfrentar restrições para fazer o seu trabalho.

Para o secretário-geral da NATO, as eleições organizadas na região separatista do Donbass, no mês passado, "foram contra" o espírito dos acordos de Minsk e "minam os esforços por uma solução pacífica para o conflito".

A NATO, recordou ainda Stoltenberg, tem oferecido apoio político e monetário à Ucrânia, que inclui cerca de 40 milhões de euros doados pelos países aliados através de vários fundos fiduciários.

Stoltenberg elogiou a "calma e moderação" que a Ucrânia demonstrou durante a crise no mar de Azov e assegurou que uma escalada de tensão "não seria do interesse de ninguém".

O secretário-geral da NATO também salientou o "compromisso" de Kiev com o processo democrático, a meses das eleições de março do próximo ano, e disse que uma boa gestão de reformas política "aproximarão a Ucrânia da família euro-atlântica".

Ainda assim, Stoltenberg pediu melhor controlo civil dos serviços de inteligência, mais esforços na luta contra a corrupção e mais defesa dos direitos das minorias.

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