China confirma detenção de fotojornalista desaparecido há mais de um mês
A mulher do fotojornalista chinês Lu Guang, desaparecido há mais de um mês na China, disse hoje à agência de notícias Associated Press (AP) que as autoridades chinesas confirmaram a sua detenção no país.
© Reuters
Mundo Lu Guang
O premiado fotógrafo, que documenta delicadas questões sociais e ambientais no gigante asiático, foi preso na cidade de Kashgar, na região de Xinjiang, no oeste do país, disse à AP a mulher, Xu Xiaoli, que vive em Nova Iorque.
As autoridades entraram esta quarta-feira em contacto com alguns familiares, sem que tenha sido entregue qualquer aviso por escrito com as acusações, que permanecem dúbias, indicou Xu Xiaoli.
O fotojornalista desapareceu em 03 de novembro, quando se encontrava na província de Xinjiang. Tinha um encontro marcado com um amigo na província de Sichuan, em 05 de novembro, mas nunca chegou a aparecer.
Lu Guang venceu o prestigiado World Press Photo com uma reportagem sobre aldeões chineses, pobres, que contraíram HIV depois de terem vendido o próprio sangue.
As suas fotografias abordam temas como a poluição e a destruição ambiental industrial - questões consideradas sensíveis pelo Governo e tradicionalmente evitadas pelos meios de comunicação social chineses.
Um aparelho de segurança sufocante tem sido imposto à região de Xinjiang nos últimos anos, numa altura em que o Governo combate aquilo a que chama de ameaças terroristas da população predominantemente muçulmana.
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