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Primeiro-ministro húngaro promete ponderar extradição de Nikola Gruevski
O governo húngaro prometeu hoje avaliar o pedido feito pela Macedónia para extradição do ex-primeiro-ministro fugitivo, Nikola Gruevski, que recebeu asilo na Hungria.
© Reuters
Mundo Hungria
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, disse hoje que o ex-primeiro-ministro da Macedónia Nikola Gruevski, que se refugiou no seu país para evitar cumprir uma pena de dois anos por corrupção e para não responder por novas acusações, é um aliado que merece tratamento justo, mas prometeu avaliar o pedido de extradição apresentado pela Macedónia.
Orban aproveitou para elogiar a decisão de Gruevski, de construir cercas anti-migrantes na Macedónia, em 2015, sem as quais "teria sido muito mais difícil a Hungria proteger as suas fronteiras".
"Ele foi o primeiro dirigente dos Balcãs a construir cercas", disse Orban, para justificar a sua afirmação de que Gruevski é um aliado, que deve ser tratado de "forma justa".
Condenado pela justiça da Macedónia por crimes de corrupção, Gruevski saiu do país em circunstâncias ainda por esclarecer e pediu asilo na embaixada húngara na Albânia, na semana passada.
Mais tarde, Gruevski viajou por vários países dos Balcãs, em veículos diplomáticos húngaros.
O primeiro-ministro da Hungria insiste que o assunto é judicial e não político e que o seu Governo não comenta a condenação de Gruevski.
"Há complexas batalhas políticas e jogos na Macedónia e o sistema judicial faz parte disso", acrescentou Orban.
"Eu não sei o que é verdade e o que não é verdade, porque é praticamente impossível decidir", explicou hoje o primeiro-ministro da Hungria.
Orban considera que as críticas ao governo da Hungria no caso de Gruevski vêm sobretudo de organizações ligadas a George Soros, o bilionário de origem húngara, considerado um inimigo pelo atual executivo de extrema-direita.
Primeiro-ministro entre 2006 e 2016, Gruevki foi condenado a dois anos de prisão efetiva por ter utilizado para fins pessoais um Mercedes de 600 mil euros adquirido com dinheiros públicos.
Envolvido em diversos 'dossiês' de corrupção ou de escutas ilegais de opositores, afirma-se vítima de "perseguições políticas" pelo Governo do país, agora dirigido pelo seu tradicional adversário social-democrata, Zoran Zaev.
Gruevski, 48 anos, também foi indiciado por "financiamento ilegal do seu partido VMRO-DPMNE (direita) entre 2009 e 2015, e pelo processo que conduziu "à construção da sede" desde partido, segundo um comunicado do procurador macedónio.
Os media locais indicaram que o alegado financiamento político ilegal poderá atingir o valor de 4,6 milhões de euros.
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