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MNE francês nega ter recebido informações turcas sobre Khashoggi

O ministro dos Negócios Estrangeiros de França, Jean-Yves Le Drian, negou hoje ter recebido informações turcas sobre a morte em Istambul do jornalista saudita Jamal Khashoggi, como tinha sido anunciado no sábado pelo Presidente da Turquia.

MNE francês nega ter recebido informações turcas sobre Khashoggi
Notícias ao Minuto

13:11 - 12/11/18 por Lusa

Mundo Jean-Yves Le Drian

"Neste momento, não tenho conhecimento" de informações transmitidas pela Turquia, disse Le Drian ao canal France 2, acrescentando: "Se o Presidente turco tem informações a dar-nos, é preciso que as dê".

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou no sábado ter partilhado com Washington, Berlim, Paris, Londres "e outros" as gravações da morte de Khashoggi no consultado saudita em Istambul.

Interrogado sobre a possibilidade de se tratar de uma mentira do chefe de Estado turco, o chefe da diplomacia francesa disse que Erdogan tem "um jogo político particular nesta circunstância".

Le Drien acrescentou que a prioridade de França é apurar a verdade: "A nossa posição é a verdade - as circunstâncias, os culpados - e de seguida tomaremos as sanções necessárias".

O jornalista saudita morreu a 02 de outubro no consulado da Arábia Saudita em Istambul, onde se dirigiu para tratar de burocracias relacionadas com o seu casamento com uma cidadã turca.

Mais de um mês depois, o seu corpo ainda não foi encontrado.

Após terem garantido que Khashoggi saíra vivo do consulado, as autoridades sauditas acabaram por reconhecer a sua morte, numa operação "não autorizada" por Riade.

O Ministério Público turco declarou recentemente que Jamal Khashoggi, de 59 anos, foi estrangulado e posteriormente desmembrado no consulado saudita em Istambul.

Segundo as autoridades turcas, o jornalista era esperado no consulado por um comando de 15 agentes sauditas que viajaram para a cidade turca algumas horas antes e regressaram à Arábia Saudita naquela mesma noite.

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, assegurou recentemente numa coluna publicada no jornal americano The Washington Post que está certo de que a ordem para matar o jornalista dissidente surgiu "do mais alto nível" do poder da Arábia Saudita.

O jornalista saudita, que colaborava com o jornal The Washington Post, estava exilado nos Estados Unidos desde 2017 e era um reconhecido crítico do poder em Riade.

No final de outubro, a Alemanha decidiu deixar de de vender armas a Riade e apelou aos países europeus para que o fizessem também, medida que foi até agora rejeitada pela França, grande fornecedor de armas à Arábia Saudita.

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