"Será que o inimigo pensa que entrar em tal ou tal setor ou tomar esta ou aquela zona quer dizer que nos vamos convencer de que nos devemos render ou entregar o controlo" de Hodeida, questionou Al-Huthi, adiantando: "Isso não está a acontecer e nunca acontecerá".
Abdel Malik al-Huthi parece confirmar implicitamente que as forças pró-governamentais, apoiadas pela coligação sob comando saudita, conseguiram fazer incursões naquela cidade portuária, no oeste do Iémen.
No seu discurso na televisão, o chefe rebelde acusou os adversários de serem responsáveis pela recente escalada que já causou perto de 200 mortos em menos de uma semana, segundo fontes militares e médicas.
"O inimigo beneficia do número que aumentou para pressionar a cidade de Hodeida", afirmou Al-Huthi.
Enquanto ataques aéreos da coligação visavam posições rebeldes na cidade, as forças pró-governamentais fizeram avanços no terreno na última semana e algumas organizações não-governamentais, como a Save the Children, declararam hoje que estão a decorrer combates dentro da cidade de Hodeida.
Num comunicado, a Save the Children indicou que instalações médicas que apoia foram atacadas hoje de manhã, "provocando danos" numa farmácia aí localizada.
O Iémen está praticamente dividido em dois, com as forças pró-governamentais a controlarem o sul e uma boa parte do centro e os rebeldes a ocuparem o norte e parte significativa do oeste.
A guerra desde 2014 causou mais de 10.000 mortos e provocou, segundo a ONU, a pior crise humanitária no mundo com milhões ameaçados pela fome.