A prima de Oleg Sentsov, Natalia Kaplam, disse em entrevista ao Canal 24 ucraniano que o realizador teve de ser internado nos cuidados intensivos, devido a danos irreversíveis para a sua saúde que sofreu durante o protesto.
Já o advogado do cineasta, Dmitri Dinze, indicou que até ao momento não tinha dados sobre a hospitalização do seu cliente.
"Devido à difusão nos meios de comunicação de informações sobre a deterioração da saúde do detido Oleg Sentsov, comunicamos que esses dados não correspondem à realidade", refere o Serviço Penitenciário Federal russo em comunicado.
Segundo o documento, o estado de saúde de Sentsov é "satisfatório" e o cineasta está na unidade de saúde da prisão onde cumpre pena e "não precisa ser transferido para os cuidados intensivos".
Acrescentou ainda que o cineasta está sob a supervisão de especialistas médicos e que estão a ser cumpridas todas as recomendações sobre alimentação e tratamento.
Oleg Sentsov, condenado em 2015 a 20 anos de prisão por supostas atividades terroristas na Crimeia, começou a receber alimentos a 05 de outubro, depois de parar a greve de fome que manteve durante 145 dias.
O cineasta, que estava disposto a ir até o fim se não fossem libertados todos os presos políticos ucranianos em território russo, anunciou o fim do protesto com o argumento de que se estavam a preparar para o alimentar à força.
Na semana passada, o cineasta, que começou a escrever um roteiro sobre a sua vida na prisão, foi nomeado para o Prémio Sakharov de Direitos Humanos, atribuído pelo Parlamento Europeu.