Bolsonaro? "Muitos brasileiros pensam que sou comunista", diz Fukuyama
Fukuyama é o autor que celebrizou a expressão "fim da história", em referência ao fim da União Soviética. O autor insuspeito de ser considerado comunista, descobriu por estes dias que é assim que alguns apoiantes de Bolsonaro o veem.
© Reuters
Mundo Twitter
Francis Fukuyama escreveu esta quarta-feira no Twitter que "muitos brasileiros" o consideram agora comunista. A razão? Estar preocupado com Jair Bolsonaro.
O candidato de extrema-direita lidera as sondagens a caminho da segunda volta das presidenciais brasileiras.
Francis Fukuyama é o académico e autor que celebrizou a expressão "Fim da História", uma expressão inspirada em Hegel que desenvolveu ainda em 1989, ano em que o muro de Berlim haveria de ser derrubado, e que ganhou força quando em 1991 a antiga União Soviética se desmantelou.
Essa teoria sustenta o fim dos processos históricos caracterizados como processos de mudança. Para Fukuyama, a queda da União Soviética implicava também o fim da ideologia comunista, sendo que a democracia liberal e o capitalismo seriam o triunfo para a humanidade dado o fim de ideologias alternativas.
No dia a seguir às eleições gerais no Brasil, e perante declarações conhecidas de Jair Bolsonaro de apoio à ditadura, Francis Fukuyama questionava-se no Twitter sobre se a democracia brasileira sobreviveria.
Esta quarta-feira, igualmente no Twitter, Fukuyama escreveu, em referência a apoiantes de Bolsonaro, que "muitos brasileiros" parecem agora considerá-lo um comunista.
Eis a publicação do académico, em que dá a ideia até um pouco de ironia em relação às divisões vividas nos EUA.
"Muitos brasileiros parecem pensar que sou um comunista porque estou preocupado com a presidência do Bolsonaro. E vocês acham que os americanos é que estão polarizados", ironizou.
A lot of Brazilians seem to think I'm a Communist because I'm worried about a Bolsonaro presidency. And you think Americans are polarized...
— Francis Fukuyama (@FukuyamaFrancis) October 10, 2018
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