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Papa promove integração das minorias durante visita à Letónia

O papa Francisco defendeu hoje a integração das minorias, em vez da rejeição por motivos de segurança ou económicos, durante a sua visita à Letónia, país com 20% de católicos.

Papa promove integração das minorias durante visita à Letónia
Notícias ao Minuto

19:13 - 24/09/18 por Lusa

Mundo Igreja Católica

Francisco chegou hoje à Letónia, proveniente da Lituânia, numa deslocação aos países bálticos, que celebram o centenário da independência, e no seu primeiro discurso recordou "o preço da liberdade" que esses países tiveram de "conquistar e reconquistar" com as diferentes invasões.

O papa destacou a "importância de prosseguir a apostar na liberdade e na independência da Letónia, que são um dom".

Francisco sublinhou que a liberdade do país "implica a todos", pois "trabalhar pela liberdade é um compromisso com o desenvolvimento integral e integrador das pessoas e da comunidade".

Após o desmebramento da União Soviética, em 1991), cerca de 37% dos cidadãos da Letónia são de origem russa, o que está a gerar alguns problemas de convivência e de integração.

O Presidente da Letónia, Raimonds Vejonis, agradeceu ao papa a sua contribuição para o diálogo para que "a Europa se possa manter unida na sua diversidade".

Nesta sua visita à Letónia, Francisco também depositou uma coroa de flores no gigantesco monumento dedicado à liberdade no país.

Depois, dirigiu-se à catedral luterana de Riga, para um encontro ecuménico com os representantes das diferentes igrejas cristãs no país, onde há 20% de católicos, 23% de luteranos e 11 de ortodoxos.

"Nesta catedral, tantos irmãos nossos que se acercaram para adorar, rezar, sustentar a esperança em tempos de sofrimento e tomar coragem para enfrentar momentos de muita injustiça e de sofrimento", disse Francisco, em referência aos largos anos de ocupação soviética.

O pontífice argentino seguiu depois para o santuário mariano de Aglona, situado a 100 quilómetros da fronteira com a Rússia, muito venerado pelos católicos do país e lugar de peregrinação para fieis de todo o mundo.

A chuva que caiu durante todo o dia não desanimou os fiéis a chegarem ao santuário, que recebe centenas de milhares de peregrinos todos os anos e onde Jorge Bergoglio reconheceu que "as realidades políticas e a história do desencontro dos povos está dolorosamente fresca" naquele país.

Francisco sublinhou o exemplo dado pelo bispo Boleslavs Sloskans, sepultado no santuário, que quando foi preso e enviado para os campos de concentração da Sibéria escreveu: Não deixeis que a vingança ou a exasperação abram caminho no vosso coração. Se o permitirmos, não seremos verdadeiros cristãos, mas sim fanáticos".

O papa falou da valentia da Virgem Maria, que, afirmou, desde aquele santuário clama "para que todos se comprometam a acolher sem descriminações".

Com esta missa, o pontífice argentino concluiu a sua visita à Letónia e regressará à nunciatura na Lituânia, onde está alojado nesta visita aos países bálticos, para terça-feira visitar a Estónia, cujos habitantes se declaram maioritariamente ateus.

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