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Presidente reconhece derrota nas eleições presidenciais nas Maldivas
O Presidente das Maldivas, Abdulla Yameen, reconheceu a derrota frente ao seu oponente, o ex-parlamentar Ibrahim Mohamed Solih, nas eleições presidenciais de domingo, num discurso em direto transmitido hoje pela televisão.
© Reuters
Mundo Abdulla Yameen
Abdulla Yameen, falando na língua nativa das Maldivas (Divehi), felicitou Solih pela vitória no sufrágio.
"Eu sei que tenho de sair agora" do cargo de Presidente, sublinhou ainda.
Esta atitude e mesmo o resultado das eleições foram uma surpresa para a oposição das Maldivas, que temiam que Yameen fraudasse as eleições a seu favor.
Desde que foi eleito em 2013, Yameen reprimiu a dissidência política, prendendo os seus rivais - incluindo o seu meio-irmão e o primeiro Presidente democraticamente eleito das Maldivas - e juízes do Supremo Tribunal.
Dados oficiais confirmaram hoje a vitória do candidato da oposição, Mohamed Solih, nas eleições presidenciais das Maldivas.
"O candidato do Partido Democrata das Maldivas (...) Mohamed Solih venceu a eleição, tendo recebido 134.616 votos", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros das Maldivas em comunicado.
O ainda Presidente Abdulla Yameen recebeu apenas 96.132 votos, numa eleição que contou com uma participação de 89,2% no processo eleitoral.
A liderança de Yameen foi marcada por crises institucionais graves, a última delas em fevereiro passado, quando o Supremo Tribunal anulou a condenação de opositores do regime e reabilitou o cargo de doze deputados da oposição.
Yameen respondeu, declarando o estado de emergência e iniciando um período de repressão, que levou a União Europeia a adotar sanções contra o país.
Após a divulgação da vitória de Solih, os seus apoiantes encheram as ruas da capital com bandeiras das Maldivas, festejando.
Os resultados finais só deverão ser divulgados dentro de sete dias.
As Maldivas são um arquipélago, no Oceano Índico, com cerca de 400 mil habitantes, dos quais 260 mil eleitores.
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