Anúncio histórico: Vaticano vai reconhecer bispos nomeados por Pequim
Foi dado o primeiro passo para terminar com uma ausência de relações diplomáticas que dura há quase 70 anos.
© Reuters
Mundo Religião
No dia em que o Papa Francisco inicia a sua visita oficial aos países do Báltico, o Vaticano anuncia que assinou um acordo com a China que permite reconhecer, pela Santa Sé, todos os bispos nomeados pelo país asiático.
De acordo com a agência Reuters, o Vaticano anuncia a aproximação, mas sublinha que se trata de um “acordo pastoral e não político”, o que pode ser justificado pelo facto de não haver qualquer menção a Hong Kong que a Santa Sé reconhece diplomaticamente, mas que a China considera uma província rebelde.
Segundo a agência Lusa, que teve acesso ao comunicado do Vaticano, no mesmo é explicado que se trata de um acordo provisório que foi assinado hoje numa reunião, em Pequim, pelo subsecretário de Relações do Vaticano com os Estados, Antoine Camilleri, e pelo vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China, Wang Chao, como chefes das delegações do Vaticano e da China, respetivamente.
O acordo, informou o Vaticano, "trata da nomeação de bispos, que é uma questão de grande importância para a vida da Igreja (Católica) e cria as condições para uma colaboração mais ampla a nível bilateral".
Já do lado chinês, o ministro dos Negócios Estrangeiros referiu que Pequim e o Vaticano assinaram um acordo que prevê não só a manutenção, como a melhoria das relações entre as duas instituições.
Recorde-se que as relações diplomáticas entre China e Vaticano chegaram ao fim quando, em 1951, Mao Tsé-tung expulsou do país o núncio católico.
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