Rapper muçulmano cancela concertos no Bataclan por razões de segurança
A casa de espetáculos francesa foi um dos alvos, em novembro de 2015, dos terroristas do Estado Islâmico.
© Getty Images
Mundo Paris
Cerca de 90 pessoas morreram no Bataclan quando, a 13 de novembro de 2015, vários militantes do Estado Islâmico entraram na sala de espetáculos durante o concerto dos Eagles of Death Metal e dispararam indiscriminadamente sobre as pessoas.
Agora, volvidos três anos, o rapper Médine, que é francês mas tem origens muçulmanas, foi obrigado a cancelar dois espetáculos que tinha agendados para o Bataclan.
Conta o jornal francês Le Parisien que tanto Marine Le Pen, líder do partido de extrema-direita Frente Nacional, como Laurent Wauquiez, dirigente conservador do partido de centro-direita Os Republicanos, se opuseram à realização dos concertos.
A polémica foi tamanha que, apesar de terem resistido às primeiras críticas, tanto o rapper Médine como a gerência do Bataclan decidiram cancelar os dois espetáculos agendados para os dias 19 e 20 de outubro.
Numa publicação feita na sua página do Twitter, Médine lamentou que “certos grupos de extrema-direita” estivessem a organizar manifestações “com o objetivo de dividir” a sociedade francesa, “não hesitando em manipular a dor das famílias das vítimas”.
Assim, “por respeito a estas famílias e para garantir a segurança” dos seus fãs, o rapper anunciou que os espetáculos anunciados para o Bataclan foram cancelados.
— Médine (@Medinrecords) September 21, 2018
Já Marine Le Pen congratulou-se com o cancelamento dos dois espetáculos "provocadores", salientando que esta desistência é uma "vitória para todas as vítimas do terrorismo islâmico".
L’annulation du concert de @Medinrecords au Bataclan est une victoire pour toutes les victimes du terrorisme islamiste. Cette provocation n’avait pas sa place dans cette salle, compte tenu de son histoire douloureuse. MLP
— Marine Le Pen (@MLP_officiel) September 21, 2018
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