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Rapper muçulmano cancela concertos no Bataclan por razões de segurança

A casa de espetáculos francesa foi um dos alvos, em novembro de 2015, dos terroristas do Estado Islâmico.

Rapper muçulmano cancela concertos no Bataclan por razões de segurança
Notícias ao Minuto

07:52 - 22/09/18 por Patrícia Martins Carvalho

Mundo Paris

Cerca de 90 pessoas morreram no Bataclan quando, a 13 de novembro de 2015, vários militantes do Estado Islâmico entraram na sala de espetáculos durante o concerto dos Eagles of Death Metal e dispararam indiscriminadamente sobre as pessoas.

Agora, volvidos três anos, o rapper Médine, que é francês mas tem origens muçulmanas, foi obrigado a cancelar dois espetáculos que tinha agendados para o Bataclan.

Conta o jornal francês Le Parisien que tanto Marine Le Pen, líder do partido de extrema-direita Frente Nacional, como Laurent Wauquiez, dirigente conservador do partido de centro-direita Os Republicanos, se opuseram à realização dos concertos.

A polémica foi tamanha que, apesar de terem resistido às primeiras críticas, tanto o rapper Médine como a gerência do Bataclan decidiram cancelar os dois espetáculos agendados para os dias 19 e 20 de outubro.

Numa publicação feita na sua página do Twitter, Médine lamentou que “certos grupos de extrema-direita” estivessem a organizar manifestações “com o objetivo de dividir” a sociedade francesa, “não hesitando em manipular a dor das famílias das vítimas”.

Assim, “por respeito a estas famílias e para garantir a segurança” dos seus fãs, o rapper anunciou que os espetáculos anunciados para o Bataclan foram cancelados.

Já Marine Le Pen congratulou-se com o cancelamento dos dois espetáculos "provocadores", salientando que esta desistência é uma "vitória para todas as vítimas do terrorismo islâmico".

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