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Justiça dos EUA acusa um programador norte-coreano de vários ciberataques

A justiça norte-americana acusou hoje um programador informático norte-coreano de ter participado por ordem do regime de Pyongyang em vários ciberataques de grande dimensão, divulgou o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Justiça dos EUA acusa um programador norte-coreano de vários ciberataques
Notícias ao Minuto

19:52 - 06/09/18 por Lusa

Mundo Crime

O procurador-geral adjunto, John Demers, afirmou que foi uma das investigações de cibercrime mais complexas conduzidas pelo Departamento de Justiça norte-americano (equivalente ao Ministério da Justiça).

O programador informático, identificado pelas autoridades norte-americanas como Park Jin Hyok, é acusado de ter participado num ciberataque que visou os estúdios de cinema Sony Pictures Entertainment em 2014, mas também num ciber-roubo ao Banco do Bangladesh em fevereiro de 2016, num montante de 81 milhões de dólares (cerca de 69 milhões de euros).

Park Jin Hyok é igualmente suspeito de ter participado no ataque informático que em maio de 2017 atingiu cerca de 300 mil computadores em mais de 150 países.

O ataque, que ficou conhecido como "Wannacry", afetou o funcionamento de fábricas, empresas, bancos, hospitais, escolas e lojas.

"O Departamento de Justiça apresentou acusações" contra Park Jin Hyok, indicou, por sua vez, o Departamento do Tesouro norte-americano (equivalente ao Ministério das Finanças), que, em paralelo, aplicou sanções contra o programador informático.

A nota de acusação foi apresentada em junho passado, em Los Angeles, após uma investigação de vários anos conduzida pela polícia federal norte-americana (FBI) e por procuradores federais, precisaram as autoridades judiciais do Estado da Califórnia.

O programador, cuja localização não é mencionada, foi funcionário durante vários anos numa entidade designada como KEJV, ligada aos serviços de informações militares norte-coreanos, de acordo com os serviços do procurador da Califórnia.

A 12 de maio de 2017, o ataque informático lançado através de um 'software' malicioso apelidado de "Wannacry" afetou, entre outras estruturas internacionais, os serviços de saúde públicos britânicos, as fábricas do construtor automóvel francês Renault, a operadora espanhola Telefonica e a empresa norte-americana de entrega de encomendas FedEx.

Os responsáveis pelo ataque reclamaram posteriormente um resgate para desbloquear os computadores afetados.

Em dezembro de 2017, os Estados Unidos acusaram oficialmente a Coreia do Norte de ser responsável pelo ataque informático

"Este vasto ataque custou milhares de milhões e a Coreia do Norte é diretamente responsável", declarou então Tom Bossert, o conselheiro para a segurança interna do Presidente norte-americano, Donald Trump.

A Coreia do Norte rejeitou então as acusações lançadas pelos Estados Unidos.

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