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Irão abandonará acordo nuclear se este não proteger os seus interesses

O líder supremo do Irão, Ali Khamenei, alertou hoje para a possibilidade de Teerão abandonar o acordo sobre o seu programa nuclear assinado em 2015 se com ele "não se puder proteger os interesses" do país.

Irão abandonará acordo nuclear se este não proteger os seus interesses
Notícias ao Minuto

16:55 - 29/08/18 por Lusa

Mundo Ali Khamenei

O Plano Integral de Ação Conjunta (JCPOA, na sigla inglesa), nome oficial do acordo entre o Irão e seis potências (Estados Unidos, Rússia, China, Alemanha, Reino Unido e França), "não é um objetivo, é um meio, e naturalmente abandoná-lo-emos se chegarmos à conclusão de que com ele não é possível proteger os interesses nacionais", disse Khamenei numa reunião com o Presidente iraniano, Hassan Rohani, e o seu Governo, segundo a agência local ISNA.

Após a retirada dos Estados Unidos do pacto, em maio deste ano, o Irão não deve ter "muitas esperanças", na opinião de Khamenei, nas tentativas da Europa para salvar o acordo que levantava as sanções ao país em troca de o seu programa nuclear se limitar a fins estritamente civis.

Apesar de o líder religioso iraniano considerar que "não há problemas em manter as relações e continuar as negociações com a Europa", defendeu na reunião com Rohani e o seu executivo que há que contemplar as promessas europeias com "algum ceticismo".

"Os europeus devem compreender, de acordo com as expressões e ações dos responsáveis do Governo iraniano, que as suas decisões terão como consequência as medidas e reações apropriadas por parte da República Islâmica", sublinhou.

Por outro lado, Khamenei excluiu qualquer negociação "a qualquer nível" com os Estados Unidos.

"O resultado de negociar com anteriores autoridades norte-americanas que pelo menos queriam aparecer terminou por ali", observou.

Rohani salientou que o Governo do atual Presidente norte-americano, Donald Trump, tem "a espada em riste contra os iranianos" e perguntou: "Então, que negociações podemos manter?".

"Portanto, não levaremos a cabo negociações com os Estados Unidos a nenhum nível", insistiu.

Em maio, Washington anunciou a sua retirada do acordo nuclear e impôs novas sanções ao Irão, cujo primeiro pacote entrou em vigor este mês, ao passo que o segundo, que inclui o setor energético, vital para o país, será aplicado em novembro.

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