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Manifestação de extrema-direita contra imigrantes assustou polícia alemã

Autoridades de Chemnitz foram apanhadas de surpresa por 800 manifestantes de extrema-direita. Polícias de Leipzig e Dresden tiveram de dar apoio para conter ódio dos manifestantes contra imigrantes. Governo alemão garante que não vai tolerar a xenofobia.

Manifestação de extrema-direita contra imigrantes assustou polícia alemã
Notícias ao Minuto

17:06 - 27/08/18 por Pedro Bastos Reis

Mundo Chemnitz

A cidade alemã de Chemnitz foi palco de momentos de enorme tensão, que levaram mesmo a um reforço policial, depois de uma manifestação da extrema-direita contra imigrantes ter surpreendido as autoridades.

Tudo começou nas primeiras horas de domingo, quando um homem de 35 anos morreu na sequência de um rixa que envolveu várias pessoas.

Nas redes sociais, rapidamente começou a circular a informação de que o homicídio teria sido cometido por um cidadão sírio e por um cidadão iraquiano, apesar de, na altura, esta informação não ter sido confirmada oficialmente. Os dois homens em causa, saliente-se, foram detidos e estão a ser investigados. 

Mas mesmo sem confirmação oficial, rapidamente, e com apelos vindos do partido xenófobo Alternativa para a Alemanha (AfD), o terceiro maior grupo parlamentar do Bundestag, centenas de pessoas juntaram-se nas ruas de Chemnitz e entoaram cânticos anti-imigração.

“Estrangeiros, vão embora”, “esta cidade é nossa” ou “nós somos o povo” foram algumas das frases de ordem cantadas por grupos de extrema-direita, segundo a CNN, que refere a presença de pelo menos 800 manifestantes nas ruas de Chemnitz.

Nas redes sociais, onde o protesto foi convocado e os rumores sobre o assassinato cometido nas primeiras horas do dia ganharam força, começaram a surgir vídeos dos desacatos causados pelos manifestantes. Num dos vídeos partilhados online, que pode ver em baixo, é possível ver vários homens a perseguir um suposto estrangeiro.

Com a escalar da tensão e com as autoridades de Chemnitz apanhadas de surpresa, temeu-se o pior. A situação acabou por ser controlada, apesar de vários confrontos entre manifestantes e polícia, depois de oficiais da polícia de Leipzig e Dresden terem sido chamados para reforçar o contingente policial em Chemnitz.

Perante esta manifestação da extrema-direita, o governo alemão condenou as tentativas de “espalhar ódio nas ruas”. 

“Não vamos aceitar quem se agrupa assim para procurar pessoas que parecem diferentes ou que tenham uma etnia diferente, de forma a espalhar ódio pelas ruas. Não vamos aceitar isso”, garantiu Steffen Seibert, porta-voz do executivo de Angela Merkel.

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