Rússia está "profundamente despontada" com as sanções dos EUA
A Rússia afirmou esta terça-feira que está "profundamente despontada" com o restabelecimento das sanções dos Estados Unidos contra o Irão, garantindo que "fará o que for preciso" para salvar o acordo nuclear iraniano que Washington pretende "minar".
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Mundo Irão
"Estamos profundamente dececionados com a decisão dos Estados Unidos de restabelecer as suas sanções contra o Irão", afirmou o Ministério das Relações Exteriores russo num comunicado citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).
As sanções "visam subverter a aplicação do Plano de Ação Conjunta, sobre a energia nuclear do Irão, que Washington denunciou unilateralmente a 8 de maio", referiu.
A diplomacia russa assegurou que Moscovo "fará tudo o que for necessário" para proteger o acordo e os seus laços económicos com o Irão, acrescentando que "confirma (o seu) apoio" a este acordo negociado há muito tempo.
"Este é um exemplo claro de que Washington continua a violar a Resolução 2231 do Conselho de Segurança das Nações Unidas (sobre o plano de ação conjunto) e a lei internacional", acusou.
A diplomacia russa salientou que a comunidade internacional "não deve aceitar que conquistas importantes da diplomacia multilateral sejam sacrificadas pelas ambições dos EUA de estabelecer metas com o Irão".
"Como demonstra a experiência de muitos anos, obter concessões do Irão por meio de pressões não funciona", frisou Moscovo.
O Governo norte-americano restabeleceu hoje severas sanções económicas contra o Irão e contra todas as empresas que tenham negócios no país, após Donald Trump ter anunciado, em 08 de maio, que os Estados Unidos abandonavam o acordo nuclear assinado em 2015 entre o país asiático e o grupo 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança - Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido - e a Alemanha).
A primeira vaga de sanções dos EUA visa transações financeiras e a importações de matérias-primas, incluindo também "medidas penalizadoras" nas compras do setor automóvel e na aviação comercial, segundo informa a AFP.
De acordo com a agência de notícias AFP, será seguido, a 05 de novembro, por uma segunda série de medidas que afetarão o setor de petróleo e gás, vital para o Irão, assim como o Banco Central.
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