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"Verdadeira fronteira na Europa" é entre "progressistas e nacionalistas"

O Presidente francês, Emmanuel Macron, considerou hoje que a "verdadeira fronteira na Europa" é a que separa "progressistas" e "nacionalistas" e que o seu confronto estará no centro das eleições europeias de 2019.

"Verdadeira fronteira na Europa" é entre "progressistas e nacionalistas"
Notícias ao Minuto

17:31 - 09/07/18 por Lusa

Mundo Emmanuel Macron

"A verdadeira fronteira que atravessa a Europa é a que hoje separa os progressistas dos nacionalistas (...) Será difícil, mas é um combate" que estará "no centro dos desafios da eleição europeia de 2019", declarou Macron perante os parlamentares reunidos em congresso no castelo de Versalhes, nos arredores de Paris.

Macron, que defende uma refundação do projeto europeu e "uma Europa mais soberana, mais unida, mais democrática", considerou que aquelas eleições poderão ser um "momento de viragem".

"Como no centro de qualquer ameaça que nasce de uma grande oportunidade, é nesta crise que encontraremos as chaves do poder europeu, da independência europeia, da consciência europeia de amanhã, após 70 anos de paz que nos levaram muitas vezes a perder de vista o próprio significado da Europa", adiantou.

Segundo Macron, o "projeto francês" da reforma da Europa já permitiu "avanços reais", como o acordo franco-alemão de junho que "permitiu lançar as bases de um orçamento da zona euro" e a criação de uma "política de defesa".

O chefe de Estado francês lamentou, no entanto, uma Europa "demasiado lenta, demasiado burocrática, demasiado dividida para enfrentar a brutalidade das alterações políticas, de segurança, migratórias e tecnológicas", defendendo que "a solução (para os desafios) está na cooperação europeia".

"Nenhuma política nacionalista de curto termo resolverá a situação migratória", questão que "não pode ser resolvida nem com emoção que cria a confusão, nem no fechamento e recuo nacionalista", disse.

Em relação a França, o Presidente afirmou que "a segurança" é "o pilar" fundamental para conseguir o objetivo de "restabelecer a ordem e o respeito republicanos", considerando que fenómenos como o terrorismo, a imigração ou os "fracassos" na política de integração "geram um medo cultural".

Macron evocou algumas das iniciativas já lançadas, como a designada "polícia da segurança quotidiana", adiantando que, no âmbito da luta antiterrorista, a última lei permitiu sair do estado de emergência.

O chefe de Estado afirmou ainda que "não existem motivos para a República estar em dificuldades com o Islão".

"A partir do outono, clarificaremos esta situação dando ao Islão um enquadramento e regras para garantir que ele seja praticado de acordo com as leis da República. Vamos fazê-lo com os franceses dessa confissão e com os seus representantes", adiantou.

O Presidente anunciou ainda aos parlamentares que o governo apresentará "nas próximas semanas novas decisões que permitirão cumprir os compromissos de redução da despesa pública", prometendo "escolhas fortes e corajosas".

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