Mulheres mudam de lugar porque ultra-ortodoxos não as queriam a seu lado
Avião partiu com uma hora de atraso perante intransigência de quatro judeus ultra-ortodoxos que não aceitaram que mulheres se sentassem ao seu lado. Companhia aérea pediu desculpa pelo "inconveniente", mas situações semelhantes são recorrentes.
© Reuters
Mundo Israel
Uma companhia aérea israelita está a ser acusada de discriminação depois de duas mulheres terem sido obrigadas a mudar de lugar por quatro judeus ultra-ortodoxos se terem recusado a sentar a seu lado.
O voo da El Al, que partiu de Nova Iorque com destino a Telavive, partiu com uma hora de atraso, enquanto a equipa de bordo tentava procurar novos lugares para proceder à troca, conta o The Independent.
As assistentes de bordo ainda tentaram demover o grupo ultra-ortodoxo que, no entanto, manteve a intransigência. Além disso, recusaram mesmo falar com as assistentes, pelo facto de serem mulheres.
A certa altura, e certamente cansados de toda a situação, um cidadão norte-americano e um jovem israelita decidiram trocar de lugar com as duas mulheres, de forma a que o avião pudesse partir.
Em comunicado, a El Al pediu desculpa aos passageiros pelo “inconveniente”.
“Qualquer discriminação contra passageiros é absolutamente proibida. Os comissários de bordo da El Al fazem tudo o que podem para providenciar um serviço a uma variedade de passageiros com diferentes e diversos pedidos, e tenta assistir da melhor forma possível”, garantiu a companhia aérea.
Esta não é a primeira vez que a companhia aérea israelita é alvo de críticas por situações idênticas. Em 2017, uma mulher processou a El Al na sequência de a equipa de bordo a ter obrigado a trocar de lugar porque um judeu ultra-ortodoxo recusou sentar-se a seu lado.
Situações como estas são recorrentes e, para as denunciar, o Centro de Ação Religiosa de Israel (IRAC) criou uma campanha publicitária, condenando a discriminação.
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