Embora não passe por todos os sintomas a que a mulher está exposta nos nove meses de gravidez, o recém pai não está livre de sofrer um estado depressivo pós-parto.
Por muito que acompanhe a gravidez, é aquando do nascimento da criança que o pai mais se dá realmente conta de todas as novidades que um bebé traz, e talvez por isso não se prepare do mesmo modo que a mãe, ficando igualmente exposto à possível depressão.
O caso não é, contudo, tão merecedor de análise quanto o primeiro e possivelmente por isso os números atuais sejam bem maiores do que os apresentados há uma década, como aponta o The Guardian.
Foi num estudo sueco que a publicação se sustentou, revelando que, dos 447 pais que se voluntariaram para a investigação, 28% apresenta sintomas de depressão, dos quais 4% apresentam níveis moderados. Destes, menos de 1 em cada 5 procurou ajuda, ainda que um terço deles admitissem não estar bem. Os dados contrastam com os de há 10 anos atrás, em que o número de pais em estado depressivo variava entre os 4 e os 10%.
Nos homens, os sinais de depressão são principalmente agitação, raiva, irritabilidade mas também trabalhar até horas tardias e beber demasiado. Quanto às causas, não são, obviamente, hormonais como nas mulheres, mas outras questões que também afetam as mães como falta de sono e dificuldade em conjugar a vida familiar com a laboral.
A depressão pós-parto nos pais reflete-se num afastamento do próprio filho, que são profundamente afetados pelo problema e se dão conta do mesmo. A procura de ajuda é, por isso, muito importante, segundo referem os investigadores, como forma de evitar que, um ano depois, o pai se aperceba que perdeu o primeiro ano de vida do seu filho.