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Fígado gordo, a doença hepática mais frequente

Os maus hábitos alimentares e o estilo de vida sedentário estão muitas vezes na origem do problema.

Fígado gordo, a doença hepática mais frequente
Notícias ao Minuto

13:40 - 03/10/17 por Vânia Marinho

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Quando se pensa em doenças do fígado, as hepatites e a cirrose são provavelmente as que nos vêm logo à cabeça, mas estas não são de todo as mais frequentes e que mais portugueses afetam.

Arsénio Santos, coordenador do Núcleo de Estudos das Doenças do Fígado (NEDF) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), chama a atenção para aquela que “é já, no presente, a doença mais frequente, o fígado gordo”.

“Ao contrário das hepatites virais, cujo número tenderá a baixar, e da doença hepática alcoólica, que continua a ser um problema entre nós mas que não tem aumentado em número de casos, prevê-se que o fígado gordo, resultante de maus hábitos alimentares e do estilo de vida moderno, seja cada vez mais frequente”, refere Arsénio Santos em comunicado enviado às redações.

Este aumento justifica-se porque “há uma relação direta entre os excessos da alimentação moderna, o estilo de vida sedentário e o aumento da incidência de fígado gordo”. Além disso, “este aumento tem também relação direta com o aumento do número de casos de obesidade, de diabetes e de dislipidemia, todas elas causa de fígado gordo”.

O fígado gordo é um termo que significa acumulação de gordura nas células do fígado - em termos médicos, denomina-se esteatose hepática. As formas mais graves da doença podem progredir para cirrose hepática.

Alertar as pessoas para o problema e para a extrema importância de fazer “uma alimentação mais saudável, com menor consumo de gorduras e hidratos de carbono e maior ingestão de vegetais”, bem como do combate ao estilo de vida sedentário, feito através da prática regular de exercício físico, é, segundo o especialista, a forma de tentar diminuir o número de casos destas doenças.

Tanto o fígado gordo como as hepatites, mas também outros temas, serão discutidos nas XI Jornadas do NEDF (Núcleo de Estudos das Doenças do Fígado), que se realiza a 6 e 7 de outubro, no Hotel Axis, em Viana do Castelo, e que pretende fomentar o debate e “a atualização de conhecimentos e a formação dos médicos internos”.

O mesmo comunicado destaca que “as doenças do fígado vão continuar a ser um desafio” para os internistas, mais ainda porque, tendo em conta que estes especialistas “abordam a pessoa doente de uma forma global, estão em situação privilegiada para continuar a diagnosticar, tratar e acompanhar os doentes hepáticos, pois as doenças do fígado não existem isoladamente, tendo frequentemente implicações sistémicas”.

Arsénio Santos reforça ainda que é preciso criar uma competência de hepatologia a que os especialistas de várias áreas possam aceder, uma vez que a subespecialisdade de hepatologia foi criada no seio da especialidade de gastrenterologia, a que os internistas de outras áreas não podem aceder. Comenta: “Parece que a única alternativa será a criação de algo semelhante a que os internistas possam também aceder. Se assim é, que seja esse o caminho mas que se resolva em breve, pois esta indefinição já se arrasta há muito tempo”.

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