Performance: Empresas usam métodos de avaliação "obsoletos"

O Lifestyle ao Minuto falou com o neurocientista Francisco Marques Teixeira, diretor clínico do departamento de Neurofeedback do Instituto de Neurociências – Neurobios, sobre os métodos de avaliação de desempenho e estado emocional dos funcionários nas empresas.

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Vânia Marinho
05/10/2016 07:10 ‧ 05/10/2016 por Vânia Marinho

Lifestyle

Entrevista

S">Se trabalha num escritório, certamente já teve de preencher um questionário sobre a sua satisfação e performance. O Lifestyle ao Minuto falou com o neurocientista Francisco Marques Teixeira sobre os métodos de avaliação de performance utilizados e do futuro destas ferramentas no contexto de trabalho.

“A minha atividade profissional permitiu-me compreender que as estratégias utilizadas pelas empresas para avaliar o nível de performance dos seus trabalhadores nas diferentes tarefas que desempenham na sua atividade profissional são obsoletas”, começa por referir.

E explica que geralmente são utilizadas “medidas de auto-relato, isto é, questionários em que se colocam perguntas acerca da satisfação dos trabalhadores com determinadas atividades”.

E destaca que estes inquéritos "para além de não avaliarem a performance em tempo-real do trabalhador em determinada atividade, podem ser enviesados pela necessidade do trabalhador em obter bons resultados".

Então, o que é que funcionaria melhor ou qual é o futuro? O especialista conta que quando entrou na área da eletrofisiologia, principalmente do neurofeedback, se apercebeu que é possível avaliar em tempo-real qualquer atividade de uma pessoa, desde que esta não implique muita movimentação física, através da utilização de ‘brain-computer-interfaces’ (interfaces cérebro-computador).

Foi a isto que recorreu para ter métricas tangíveis como: “envolvimento”, “stress”, “foco”, “interesse”, “relaxamento” e “euforia”, individuais de cada pessoa, a cada tarefa e durante a própria execução da tarefa, no trabalho que realizou com a Farfetch.

Sublinha que este trabalho foi “único”. Conta que esta foi a “primeira vez que uma empresa em Portugal decidiu utilizar dados eletrofisiológicos para avaliar o sentimento dos seus trabalhadores enquanto desempenhavam as diferentes tarefas diárias necessárias à realização das suas funções dentro da empresa”.

Acrescenta que “esta tecnologia é inovadora, por isso é normal que não muitas empresas tenham conhecimento da sua existência”.

E, apesar de grande parte das empresas ainda usar ferramentas “obsoletas” para avaliar a performance e satisfação dos seus trabalhadores, o neurocientista Francisco Marques Teixeira diz que vê “as empresas mais voltadas para a inovação e com uma preocupação crescente com o alto rendimento e com a otimização da performance dos seus trabalhadores”, sendo que já há várias a recorrer a “este tipo de tecnologias para avaliar e treinar os seus colaboradores”.

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