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Além de melhores amigos do Homem são 'assistentes de saúde'

Cães treinados para acompanhar crianças com diabetes que detetam os momentos de variação dos valores de insulina? Portugal já tem alguns, e além da companhia são verdadeiros ‘assistentes de saúde’.

Além de melhores amigos do Homem são 'assistentes de saúde'
Notícias ao Minuto

09:16 - 09/07/15 por Notícias ao Minuto

Lifestyle Cães

Portugal já tem ‘medical dogs’ - cães vocacionados para acompanhar pessoas com deficiência sensorial e orgânica, como é o caso do autismo, epilepsia, deficiências motoras e até diabetes.

Depois de a sua filha de cinco anos ter recebido o diagnóstico de diabetes tipo I, Ana quis ficar a par das ferramentas que poderiam tornar o dia-a-dia da filha, Maria, o menos penoso possível. Descobriu, como relatou ao jornal i, que nos Estados Unidos existem cães treinados para acompanhar crianças com diabetes que detetam os momentos de variações dos valores de insulina.

Como em Portugal este método ainda não era utilizado, Ana mandou vir um exemplar norte-americano para Maria. Mas, criou ainda, em parceria com o treinador de cães Rui Elias, em Dezembro do ano passado, a Associação Portuguesa de Cães de Assistência, a única entidade no país a certificar os ‘medical dogs’.

Rue explicou ao jornal i de hoje que treinar um cão até que esteja apto para acompanhar um doente diariamente pode demorar um ano e meio e custar perto dos dez mil euros. “Parece um valor alto, mas é bom lembrar que em Espanha custa 15 mil euros, e nos EUA 27 mil”, explica.

Os cães que acompanham doentes com diabetes, para aprender, têm de cheirar várias amostras de sangue por dia, para conseguirem identificar aquelas que fogem dos níveis recomendados (entre os 80 e os 140). Quando estiverem aptos a acompanhar o doente vão poder substituir as medições da glicose a meio do dia, por exemplo.

O cão que acompanha a Maria há três dias é um Labradoodle – uma mistura de Labrador com Poodle que dá origem a uma raça com um olfato superapurado.

“Ter o cão connosco vai ser uma grande ajuda e, além disso, é muito mais divertido do que uma máquina”, disse Ana ao i.

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