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Há uma doença muito mais frequente do que cancro nos homens. Conheça-a

Para assinalar o mês do homem, em novembro, Frederico Tavares Teves, urologista no Instituto CUF Porto, fala sobre hiperplasia benigna da próstata, uma situação que tanto impacta a qualidade de vida do homem. Mas a boa notícia é que tem tratamento!

Há uma doença muito mais frequente do que cancro nos homens. Conheça-a
Notícias ao Minuto

11:55 - 10/11/22 por Notícias ao Minuto

Lifestyle Próstata

A hiperplasia benigna da próstata é um aumento do volume da próstata, glândula com funções importantes na sexualidade e na fertilidade masculina, que se localiza abaixo da bexiga, envolvendo a uretra. Quando aumenta de volume, leva a queixas urinárias. 

Afeta cerca de 40% dos homens aos 50 anos e 90% aos 90 anos, não se conhecendo totalmente as suas causas, mas existindo vários fatores de risco associados, como a idade, a presença de testosterona, dietas ricas em gordura e a história familiar. Portanto, é uma doença progressiva, com importante impacto na qualidade de vida.

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Sendo a hiperplasia benigna da próstata um aumento benigno e natural do volume da próstata que no início não dá sintomas, só se considera doença quando esta, ao crescer, começa a comprimir a uretra, surgindo as dificuldades urinárias. Como a bexiga não esvazia por completo, o número de idas à casa de banho aumentam, sobretudo durante a noite e a necessidade de urinar torna-se mais imperiosa. 

Numa fase avançada, a bexiga pode encher-se em excesso, provocando incontinência urinária. Pode levar a alterações da função da bexiga e dos rins, com consequências graves como a formação de pedras na bexiga, infecções urinárias ou aparecimento de sangue na urina. Em casos mais extremos, pode levar a insuficiência renal e a retenção urinária.

O diagnóstico começa pela história clínica e a observação médica que pode incluir o toque retal, permitindo avaliar as características da próstata. As análises laboratoriais permitem dosear o antigénio específico prostático, úteis para o diagnóstico de hiperplasia da próstata e cancro. A urofluxometria permite avaliar as características da micção e o grau de obstrução e a ecografia da próstata fornece imagens precisas deste órgão. Noutros casos, pode ser útil realizar um exame endoscópico através da uretra ou um estudo urodinâmico completo.

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O objetivo dos tratamentos é eliminar ou reduzir os sintomas associados a essa doença, prevenir as complicações e se possível reduzir o volume da glândula. Podemos dividir os tratamentos em médicos e cirúrgicos. Os sintomas podem ser aliviados com recurso a medicamentos capazes de relaxar as fibras musculares da próstata e assim aumentar o calibre da uretra que passa no seu interior, aliviando o obstáculo ao fluxo de urina. 

Caso o volume prostático esteja muito aumentado podem associar-se outros medicamentos que atuam sobre o volume da próstata, permitindo um importante alívio dos sintomas, mas geralmente com efeitos secundários na vida sexual, nomeadamente o risco de disfunção eréctil. 

Em casos específicos de próstatas volumosas, e sem resposta a tratamento farmacológico, a cirurgia é a melhor opção sempre que os sintomas interferem com a qualidade de vida. Os procedimentos poderão ser endoscópicos, ou em casos de próstatas extremamente volumosas, pode ser necessário recorrer a cirurgia aberta, por via abdominal, ou a novas técnicas minimamente invasivas como a laparoscopia ou cirurgia robótica. 

Considerando que o principal fator de risco é a idade, não existe nenhum método de prevenção para hiperplasia benigna da próstata. Alguns dados sugerem que a atividade física regular, uma dieta pobre em gordura, o consumo regular de alimentos ricos em vitamina C e em zinco, podem reduzir o risco de desenvolvimento desta condição. Mas o mais importante é um diagnóstico precoce, mediante consulta médica e exames, que permitem uma avaliação e,se necessário, uma intervenção terapêutica antecipada e, por isso, mais eficaz. O seu médico urologista vai ajudá-lo a melhorar a sua qualidade de vida. 

*Artigo assinado por Frederico Tavares Teves, urologista no Instituto CUF Porto

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