Mulheres com síndrome do ovário policístico têm risco 51% maior de Covid
Investigadores da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, apuraram que mulheres que sofrem da síndrome do ovário policístico (SOP) apresentam uma maior propensão de contraírem o novo coronavírus SARS-CoV-2, causador da doença da Covid-19, comparativamente àquelas que não padecem da condição.
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Os principais sintomas da SOP incluem um ciclo menstrual irregular e níveis elevados de hormonas que podem causar, por exemplo, pilosidade excessiva no rosto e no corpo.
De acordo com um artigo publicado na revista Galileu, os ovários formam cistos quando a sequência de produção e libertação de óvulos é suspensa devido a uma falha nos folículos da glândula.
A SOP aumenta ainda a probabilidade de desenvolvimento de patologias como a diabetes tipo 2 e hipertensão, que estão entre os fatores de risco da Covid-19.
Para o novo estudo, publicado no European Journal of Endocrinology, foram analisados mais de 100 mil registos médicos de pacientes no Reino Unido, entre janeiro e julho de 2020. Sendo que aproximadamente 21 mil mulheres sofriam de síndrome do ovário policístico e cerca de 78 mil mulheres sem a condição integraram o grupo de controle.
A pesquisa detetou que a infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2 em mulheres com SOP foi duas vezes mais elevado, comparativamente às voluntárias sem o problema. O primeiro grupo apresentou 18,1 casos a cada mil mulheres, já no segundo foram detetados 11,9 casos de infeção.
Segundo a Galileu, os dados apurados registam que mulheres com a síndrome têm um risco 51% superior de adoecer com Covid-19, do que aquelas pertencentes à mesma faixa etária sem SOP.
Mais ainda, e preocupantemente, após o ajuste de comorbidades associadas ao coronavírus, como obesidade, diabetes e hipertensão, a vulnerabilidade à infeção continuou a ser mais prevalecente nas mulheres com ovários polcísticos.
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