A pesquisa divulgada no periódico científico Science e partilhada pela revista VEJA, foi levada a cabo com o intuito de analisar se doenças consideradas não-infecciosas poderiam ter algum fator transmissível, que facilitasse a sua propagação.
Para efeitos daquela pesquisa, os cientistas focaram-se no estudo de doenças cardíacas ou respiratórias, tumores e síndromes metabólicas - todas estas patologias consideradas não contagiosos.
Segundo os cientistas, cada vez mais dados sugerem que essas e outras condições estão correlacionadas a um défice na regulação dos micróbios que habitam no intestino. O novo estudo propõe que esses micro-organismos podem ser passados entre as pessoas através de contacto físico ou troca de fluídos, por exemplo.
Nesse sentido, essa falta de equilíbrio dos micróbios intestinais de uma pessoa poderia resultar dessa ‘troca’ e ‘contágio’ por outrem. A desregulação, por sua vez, propõem os cientistas, poderia causar cancro e outras patologias. O que significaria que doenças vistas como não infeciosas fossem de facto passíveis de transmissão.
Todavia, os cientistas alertam que os resultados ainda não são definitivos e que é fundamental a realização de mais estudos para verificar se a regulação desses micróbios está realmente a causar essas doenças, e não é somente resultado das mesmas.