Câmara do telemóvel pode detetar 99% dos casos de cancro da pele
Uma equipa de investigadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), no Brasil, desenvolveram um equipamento que utiliza câmaras comuns para a identificar cancro da pele.
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Lifestyle Diagnóstico de melanoma
O dispositivo potencialmente revolucionário e que ainda está a ser aperfeiçoado obteve resultados preliminares de precisão de 99% dos casos.
O método utiliza uma câmara comum e envia a fotografia para um sistema que avalia a lesão a partir de base de dados. Assim, com uma série de imagens, é possível identificar lesão benigna ou maligna.
O projeto é experimental e não foi desenvolvido à escala comercial. Para tal, é necessário encontrar parcerias com empresas interessadas nas próximas etapas, certificação e registo.
Atualmente, é utilizado o dermoscópio para a avaliação da lesão, porém o equipamento necessita de treino adequado para ser manuseado. Assim, o objetivo do projeto é facilitar a identificação do cancro da pele, com dermatologistas e demais profissionais da saúde utilizando a câmara comum para um diagnóstico rápido e preciso.
O projeto foi iniciado em 2009 pelo professor Jacob Scharcanski do Instituto de Informática da UFRGS e alunos, o Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrónicos (IEEE), a Universidade de Waterloo, no Canadá e várias empresas.
Incidência do cancro da pele
Em Portugal surgem, anualmente, cerca de 700 novos casos de melanoma maligno (o tipo mais agressivo de cancro da pele).
No início do século XX o melanoma era considerado raro; contudo, a sua incidência tem aumentado em 4-8%/ano). Dados de Portugal fornecidos pelo Registo Oncológico Regional (ROR) colocam a incidência de melanoma em 6-8 casos/100 mil habitantes, sendo esta incidência semelhante à verificada nos países do sul da Europa (nomeadamente Espanha e Itália).
Sintomas
Deverá estar atento e consultar o seu médico se a sua pele apresentar algum sinal com as seguintes alterações (utilizando a regra ABCDE), conforme explica o site da rede de hospitais CUF:
A – Assimetria – metade do sinal não coincide com a outra metade;
B – Bordo irregular – as extremidades do sinal são irregulares, sem padrão;
C – Cor – a cor do sinal não é uniforme. Pode haver diferentes tonalidades de castanho ou preto, e por vezes avermelhados, azulados ou brancos;
D – Diâmetro – o sinal é maior do que 5mm – o equivalente à ponta de borracha de um lápis. Contudo, existem melanomas inferiores a 5mm;
E – Evolução.
O uso do protetor solar - durante o ano inteiro - é indispensável para evitar o cancro da pele. Além disso, como a doença pode ser difícil para o doente identificar, é fundamental que visite com frequência um médico dermatologista.
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