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O cancro do pâncreas é desconhecido e "muitos casos são desvalorizados"

O cancro do pâncreas é o cancro com menor taxa de sobrevivência. É necessário um diagnóstico precoce, para que mais pessoas estejam alertas para os sintomas e sinais de risco. O que falta? O que está a ser feito? Hoje, Dia Mundial do Cancro do Pâncreas, todas as questões ficarão respondidas.

O cancro do pâncreas é desconhecido e "muitos casos são desvalorizados"
Notícias ao Minuto

07:00 - 15/11/18 por Mariana Botelho

Lifestyle Oncologia

Os sintomas demoram a aparecer, logo, o diagnóstico é tardio. Como consequência o tratamento é condicionado por não conseguir combater todas as células cancerígenas entretanto desenvolvidas que podem ter atingido outros órgãos ou não.

Este é o caso mais comum entre vários tipos de cancro, e a maior limitação que especialistas oncológicos sentem relativamente ao combate a esta doença, mas é relativamente ao pâncreas que mais se aponta esta situação, e que faz deste um dos cancros mais mortais. Para Vítor Neves, esta identificação tardia dos sintomas deve-se ao facto de os mesmos serem confundidos com patologias menos graves que levam a que os casos sejam desvalorizados. Além disso, “verifica-se ainda que tanto os cidadãos como os médicos acabam por remeter o diagnóstico de cancro do pâncreas como uma das últimas possibilidades devido à probabilidade do aparecimento desta doença, fazendo com que o diagnóstico seja efetuado, normalmente, numa fase avançada da doença. Nesses casos, quando a intervenção cirúrgica já não é possível, torna-se pouco provável estabilizar a doença”.

Vitor Neves é presidente da Europacolon Portugal,associação nacional que se junta a mais de 60 outtas organizações, de 27 países, que se unem pela Coligação Mundial Contra o Cancro do Pâncreas, uma campanha de sensibilização a nível global que ganha destaque hoje, 15 de novembro, Dia Mundial do Cancro do Pâncreas.

"Exigir melhores condições. Para os pacientes. Para a sobrevivência" 

É este o mote da campanha global que reconhecem que ainda falta percorrer muito caminho para que bem se evolua no tratamento deste tipo de cancro. “Além da investigação na evolução do tratamento, também a investigação no diagnóstico precoce é necessária, para que se consiga desenvolver formas de detetar mais cedo o cancro do pâncreas.

Assim, a referida campanha foca-se “na educação para a saúde, a prevenção e o diagnóstico precoce, que são os vetores principais através dos quais os cidadãos portugueses devem orientar a prevenção.”

Atualmente o valor do fincamento em investigação no cancro pancreático representa 2% de todo o montante investido em investigação em oncologia no mundo”, refere Vitor Neves. É que ao contrário do que se verifica noutras doenças oncológicas, “no cancro pancreático o nível de investimento situa-se em valores de investimento iguais aos dos últimos 40 anos, pelo que é necessário que se desenvolvam mais oportunidades e ações na procura de novas soluções de diagnóstico precoce”, conclui.

O resultado de tais tratamentos (sem evolução) já permite no entanto especificar o mesmo conforme a particularidade de cada doente e pode passar por cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou terapias novas. Esta última é pois o maior avanço tecnológico com que se conta na área, que  Vítor Neves vê como uma “mais valia na melhoria da qualidade de vida do doente. Apesar de terem custos mais elevados, possibilitam que o doente possa viver mais tempo, com qualidade de vida”

Quanto à cirurgia, “é realizada com o objetivo de remover o tumor por completo, mas apenas 20% dos cancros pancreáticos são diagnosticados em tempo útil. Devido à pouca investigação existente, não se têm registado muitos avanços na terapêutica” – mais um motivo por que é importante alertar para os possíveis sintomas deste mal que não tem de ser fatal. Atualmente, contudo, a taxa de sucesso, tanto em Portugal como a nível global, é de apenas 2% e o número de novos casos continua a crescer, com 1300 em Portugal a cada ano e cerca de 338.000 no mundo.

Um debate aberto a todos

“Para chamar a atenção sobre todos estes fatores, iremos realizar uma ação de sensibilização aberto a toda a população portuguesa, que se vai realizar no dia 15, pelas 14h30 no Ipatimup no Porto” refere Vitos Neves em formato de convite, já que o debate vai ser aberto ao público.

No evento, qualquer interessado pode tirar dúvidas sobre tratamentos, efeitos secundários e prevenção, diretamente com investigadores, oncologistas e médicos de família.

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