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"Podemos ficar só pelo talento e nunca na vida ser bons profissionais"

Pêpê Rapazote é um dos atores que integra o elenco da série ‘Rabo de Peixe’, que estreou no final da semana passada.

"Podemos ficar só pelo talento e nunca na vida ser bons profissionais"

O Fama ao Minuto não faltou à antestreia de 'Rabo de Peixe', na semana passada, em Lisboa, e Pêpê Rapazote foi um dos atores que conversou com os jornalistas sobre a série da Netflix.

Questionado sobre como é trabalhar com os mais novos, como por exemplo com a estrela da série José Condessa, confessou que "aprende-se sempre". No entanto, não propriamente por serem mais jovens. 

"Sempre que estamos a trabalhar aprende-se sempre alguma coisa. Por serem jovens? Não. Há alguns jovens com muito talento, mas acho que aprende-se sempre com os mais velhos. Eu aprendo e sempre aprendi com os mais velhos porque sabem muito mais que os mais jovens", explicou. 

"A malta pode dizer 'este gajo faz-se, é jovem e tem imenso talento, faz-se. Um dia vai ser ator'. É isto. Como arquiteto eu era a mesma coisa, sempre ouvi isto na vida e é verdade. O talento não se compra. É preciso ter talento, mas podemos ficar só pelo talento e nunca na vida ser bons profissionais em nada. 'Estiveste sempre a borrifar para isto, estragaste-te'. Um tipo que esteja a borrifar-se para isso nunca passa da energia potencial, é uma coisa nunca existiu, que ainda é mais frustrante. 'Há 20 anos eras um talento, destruíste-te', salvo seja, 'não aproveitaste nada, não trabalhaste'. Desperdiçou talentos, os dons”, acrescentou.

O ator recordou que conhece José Condessa desde os sete anos, tendo sido o seu primeiro professor de teatro.

“Não fui padrinho de teatro dele, mas é uma coisa como padrinho. Tenho uma relação com o Zé diferente da que tenho com os outros. É uma relação muito próxima e estou morto por trabalhar com ele numa posição em que eu possa mandar", confidenciou.

Pêpê destacou ainda que "fez tudo o que queria fazer na sua vida". "Umas coisas mais a sério e outras menos. Arquitetura, música, desenho, pintura, representação, cenografia… Não sei se não gostarei mais de música do que de representação. E dentro da representação será sempre o teatro a forma máxima", disse. 

"No teatro só me chateia uma coisa, o melhor que tem é ser feito num palco com tábuas e com uma plateia à frente, o pior é que não dá para irmos, por exemplo, fazer séries aos Açores. Não dá para estarmos a fazer uma peça de teatro na areia - até podia, mas de certeza que em São Miguel ninguém ia assistir e ia sair muito caro", comentou. 

"Obviamente que a magia do cinema nos leva a lugares espantosos para filmar. E no meu caso, a vida tem sido muito bondosa com isso, tenho passeado pelo mundo a fazer produções. Mas o teatro é a forma mais dura e crua de representar, isso não há dúvida", salientou.

Pêpê Rapazote tem vindo a conquistar o mundo da representação lá fora e projetos não lhe têm faltado. Depois de 'Rabo de Peixe', conta, "já fez muita coisa" e diz que "vai dar muitas voltas por Portugal, Espanha, América Latina e Estados Unidos".

"Nos próximos quatro meses vai acontecer isso tudo. Não posso dizer, é o costume, a não ser 'Operação Maré Negra', terceira temporada. Como participei na segunda temporada, a minha personagem continua como um dos maus da fita português", partilhou.

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