Setor do álcool contra selo nas garrafas de cerveja em Moçambique
Os produtores e importadores de bebidas alcoólicas em Moçambique estão contra a selagem de garrafas de cerveja e outras bebidas prontas a consumir, que as autoridades se preparam para implementar, anunciou hoje a associação do setor.
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Economia Bebidas
"Tecnicamente, essa decisão vai criar uma carga pesada para uma indústria que não tem a prática de ter altos níveis de fraude e evasão fiscal", referiu Neyde Pires, dirigente da Associação de Produtores e Importadores de Bebidas Alcoólicas (APIBA), citada hoje pela Agência de Informação de Moçambique (AIM).
A selagem de garrafas de vinho e outras bebidas espirituosas arrancou em 2017, em Moçambique, numa altura em que se estimava que pelo menos metade das garrafas entravam no país através de contrabando.
Na altura, a APIBA aplaudiu a medida, por eliminar concorrência desleal, mas a lei prevê que o selo destinado a travar a fuga aos impostos e contrafação comece também a ser aplicado na cerveja e outras bebidas prontas a consumir, garrafa a garrafa.
"Não temos muitos casos, no mundo, de selagem de cerveja", alertou Neyda Pires, realçando que os custos de aplicação do selo podem fazer subir o preço final.
Como consequência, a APIBA teme que haja uma redução de receitas e uma quebra de três mil milhões de meticais (cerca de 41 milhões de euros) em impostos pagos pelo setor.
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