Meteorologia

  • 26 ABRIL 2024
Tempo
12º
MIN 12º MÁX 17º

Ryanair admite processar sindicato caso continuem as "falsas alegações"

A transportadora aérea Ryanair admitiu hoje processar o sindicato de tripulantes de cabine se continuarem com as "falsas alegações" de violação da lei portuguesa, no âmbito da recente greve de trabalhadores de bases nacionais.

Ryanair admite processar sindicato caso continuem as "falsas alegações"
Notícias ao Minuto

09:43 - 11/04/18 por Lusa

Economia Greve

"Penso que podemos ir a tribunal. Se o sindicato continuar estas falsas alegações de que violámos a lei portuguesa, então penso que teremos de os processar, porque somos um grande empregador, um grande investidor em Portugal (...) e não estamos dispostos a ter o nosso bom nome e reputação manchados por alegações falsas feitas por um sindicato com representantes da TAP", afirmou Michael O'Leary, presidente executivo da transportadora.

Em declarações à agência Lusa, o responsável informou ainda que serão enviadas hoje cartas ao Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) e à Autoridade para as Condições de Trabalho, enquanto entidade inspetora, garantindo que a lei portuguesa foi cumprida.

Desde o início da paralisação de três dias, no período da Páscoa, que o SNPVAC acusou a companhia aérea de violar a lei portuguesa, ao substituir trabalhadores em greve, incluindo com ameaças de despedimento.

À margem de uma conferência sobre Turismo, no Estoril, o CEO garantiu que a transportadora o que fez foi "completar os voos na Páscoa, que era o que os passageiros e as suas famílias queriam".

"Não poderíamos operar esses voos se a maioria dos tripulantes não trabalhassem normalmente, o que fizeram. Estava a ser ilegal? Não. (Foi ilegal) Por operar aeronaves desde a Holanda, Irlanda ou Reino Unido? Nós discordamos. Foi perfeitamente legal", garantiu.

O CEO argumentou ainda que uma das bases da União Europeia é a livre circulação de trabalhadores e que se o sindicato "tem um problema com a Ryanair que venha conversar" e explicar as suas questões.

O CEO informou ter contactado a Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) para pedir uma reunião para "explicar o que aconteceu realmente nos três dias de greve". "Também enviámos uma carta dos nossos advogados portugueses, confirmando que todas as leis portuguesas foram cumpridas", sublinhou à Lusa.

"Somos um dos maiores empregadores em Portugal, empregamos 600 pilotos e tripulantes, não apenas em Lisboa, mas também no Porto, Faro e Ponta Delgada. Estamos a aumentar rotas, estamos a aumentar empregos, somos um dos maiores investidores estrangeiros em Portugal", resumiu.

O responsável defendeu ainda não "haver base para uma greve europeia" porque a companhia tem "tripulantes muito felizes em Portugal e pela Europa".

Esta eventual ação vai ser discutida no próximo dia 24, em Lisboa, por sindicatos, tendo o SNPVAC admitido que a greve pode avançar em maio.

Recomendados para si

;

Receba as melhores dicas de gestão de dinheiro, poupança e investimentos!

Tudo sobre os grandes negócios, finanças e economia.

Obrigado por ter ativado as notificações de Economia ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório