Greve nos supermercados tem "impacto residual"
A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) disse hoje que a greve a decorrer nos supermercados e grandes superfícies "regista um impacto residual", estando as lojas de retalho dos seus associados "a funcionar com normalidade".
© Getty Images
Economia APED
"As lojas de retalho alimentar e não alimentar que fazem parte da rede dos associados da APED estão a funcionar com normalidade, sendo que a greve que está a decorrer no setor da distribuição regista um impacto residual", lê-se num comunicado da associação.
Respeitando o direito à greve e manifestações, a APED apela, contudo, "à importância da estabilidade social", considerando que esta é "essencial para o sucesso das negociações" do novo Contrato Coletivo de Trabalho (CCT), que "decorrem em sede própria entre a associação e os sindicatos".
O Sindicato dos trabalhadores e Técnicos de Serviços, Comércio, Restauração e Turismo (SITSE), avançou hoje, num balanço parcial, que a adesão à greve dos trabalhadores dos supermercados e hipermercados ronda os 50% a 60%.
"Para já, os valores estão entre 50% e 60%. Foram verificadas 180 lojas, mas os dirigentes sindicais vão continuar a efetuar contactos até ao final da tarde", disse esta manhã a dirigente do SITSE Marta Soares à Lusa.
O SITESE, afeto à UGT, convocou uma greve para hoje, domingo de Páscoa, a qual abrange os funcionários de supermercados e grandes superfícies.
De acordo com a sindicalista, após o pré-aviso de greve, alguns hipermercados, nomeadamente das cadeias Jumbo, Continente e Pingo Doce, anunciaram que vão encerrar às 14:00. No entanto, a responsável sublinhou que "algumas superfícies do Continente ficarão abertas até às 18:00, por estarem inseridas em centros comerciais".
Em 23 de março, o SITESE anunciou que tinha convocado a greve "à prestação de trabalho para os trabalhadores dos setores do comércio, escritórios e serviços, nomeadamente nas empresas filiadas na APED", na qual estão as empresas donas de supermercados e de muitas lojas presentes em centros comerciais.
Nos motivos da greve, o SITESE indicou o "respeito pelo feriado nacional do domingo de Páscoa", o "trabalho digno", a "conciliação da vida familiar com a vida profissional" e o "fim da precariedade".
O sindicato quer ainda "aumento dos salários", "respeito e exigência do cumprimento integral da negociação coletiva", o "fim imediato dos bloqueios à negociação coletiva" e "um diálogo social assente no cumprimento efetivo dos compromissos assumidos e a assumir".
O SITESE disse à Lusa que o pré-aviso de greve abrange cerca de 85 mil trabalhadores.
A greve, que começou às 00:00, termina às 24:00.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com