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Aprovados projetos de gestão da água no valor de 450 milhões de euros

O secretário de Estado do Ambiente disse hoje que estão aprovados projetos de 450 milhões de euros de financiamento comunitário para o ciclo urbano da água e para políticas do litoral e para o risco de cheia.

Aprovados projetos de gestão da água no valor de 450 milhões de euros
Notícias ao Minuto

19:57 - 05/12/17 por Lusa

Economia Carlos Martins

"Estava preconizado no Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) cerca de 1.000 milhões de euros e, neste momento, estão já aprovados projetos no valor de 450 milhões de euros que esperamos que venham a estar concretizados até 2022, que é o ano limite deste programa comunitário em termos de execução", avançou Carlos Martins.

O governante falava no âmbito da sessão comemorativa dos 40 anos da Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos (APRH), que decorre em Lisboa, onde enalteceu o contributo desta associação "para muitas das políticas públicas" do país.

"Este Governo está preocupado em refletir em torno daquilo que será o modelo de gestão dos recursos hídricos", declarou o secretário de Estado do Ambiente, manifestando-se disponível para uma reflexão "partilhada e discutida" com os diferentes atores nesta área.

Sobre os problemas neste domínio, que resultam das alterações climáticas, nomeadamente as secas e as cheias, o governante defendeu que têm que ser resolvidos com "um pouco mais de engenharia, um pouco mais de planeamento e um pouco mais de reflexão estratégica" em termos de gestão dos recursos hídricos.

De acordo com Carlos Martins, as alterações que se têm verificado na disponibilidade de água em Portugal obrigam a uma maior exigência na gestão deste recurso.

"Obriga-nos sobretudo a ter cidadãos mais preocupados com o uso eficiente da água, empresários mais motivados para investir nessa eficiência, setores que tenham em conta técnicas muito mais eficientes também no seu uso, nomeadamente na área da agricultura que é responsável por cerca de 80% do seu uso", advogou o tutelar da pasta do Ambiente.

No âmbito dos recursos hídricos, a atividade deste Governo iniciou-se com a aprovação do Plano Nacional da Água, dos Planos de Gestão de Região Hidrográfica e dos Planos de Gestão das Zonas com Risco de Inundação, indicou o governante, referindo que o executivo está agora empenhado em concretizar algumas das medidas preconizadas nesses planos.

O secretário de Estado do Ambiente destacou o trabalho de melhoria da rede de monotorização, quer quantitativa, quer qualitativa, das massas de água, "que estava praticamente uma lástima".

"Uma das queixas de quem fez os planos foi de ter pouca informação e, de facto, houve aqui um período relativamente alargado em que essa rede se degradou imenso, mas felizmente contamos hoje com uma rede moderna e que está ao nível de repor os níveis de informação que todos desejamos para ter informação sustentada e fiável para construirmos uma política da água ainda mais resiliente", afirmou.

Em termos de medidas previstas para os próximos anos, Carlos Martins disse que o Governo vai elaborar, durante 2018, planos de contingência para a seca em todas as Águas da Região Hidrográfica (ARH).

"Está já também anunciada a elaboração de uma estratégia nacional para a reutilização das águas residuais tratadas que será complementada com um plano de ação para todos os sistemas urbanos que tiverem ou forem gestores das 50 maiores ETAR's [Estação de Tratamento de Águas Residuais] em Portugal", lembrou o governante, explicando que essas 50 ETAR's maiores em Portugal correspondem a 80% dos caudais do país.

"Das mais de 1.200 ETAR que temos, se nos concentrarmos nestas 50 podemos, ainda assim, ter um fator de sucesso se o gerirmos bem", reforçou.

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