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Reestruturação da dívida de Moçambique arrasta-se pelo menos até 2019

A consultora BMI Research considerou hoje que o processo de reestruturação da dívida de Moçambique não ficará resolvido até 2019 e que a falta de financiamento e despesas pré-eleitorais vão limitar a despesa em infraestruturas.

Reestruturação da dívida de Moçambique arrasta-se pelo menos até 2019
Notícias ao Minuto

08:11 - 04/12/17 por Lusa

Economia BMI

"Vemos como pouco provável que os doadores e instituições concessionais se voltem a envolver com Moçambique durante os próximos trimestres", escreveram os analistas da consultora numa nota de análise económica sobre as despesas de capital.

Na análise, a que a Lusa teve acesso, os consultores desta empresa do grupo da agência de 'rating' Fitch consideram que com o aproximar das eleições municipais em 2018 e legislativas em 2019, "as autoridades vão abster-se de cortar a despesa corrente e, assim, a despesa de capital vai inevitavelmente sofrer a maior parte da consolidação orçamental".

Isto, continuam, vai ter como consequência "uma implementação menor de projetos de infraestruturas, o que vai influenciar negativamente a competitividade da economia e manter o crescimento do PIB bem abaixo da tendência dos últimos anos".

A BMI Research prevê um défice da contas públicas de 4,4% este ano e de 3,8% em 2019, lembrando que no ano passado "as despesas de capital quase pararam relativamente ao ano anterior".

As despesas de cpaital são gastos suportados pelo Estado com o objetivo de aumentar as infraestruturas do país, e assumem uma particular importância em Moçambique devido às fracas condições logísticas enfrentadas pelas grandes multinacionais que se querem estabelecer no país.

Sobre o crescimento económico do país, a consultora antecipa que o crescimento económico possa acelerar durante os próximos trimestres "devido à baixa inflação, estabilidade cambial, aumento na produção cambial e investimentos em curso em infraestruturas".

Assim, a BMI prevê uma aceleração do crescimento real do PIB, de 3,8% no ano passado para 4,1% este ano e 4,6% em 2018, bem abaixo da média de 7% entre 2000 e 2015.

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