Equador corta salários e vende edifícios e avião para combater crise
O Presidente do Equador anunciou, na segunda-feira, um conjunto de medidas de austeridade que incluem reduzir os salários mais elevados de funcionários, vender edifícios públicos e mesmo um dos dois aviões presidenciais.
© Reuters
Economia Austeridade
"A situação económica requer medidas de austeridade, sim, mas [que] não afetem os mais pobres da pátria. Já o disse e mantenho", afirmou Lenín Moreno, numa mensagem transmitida pela televisão.
"Estou disposto a pôr à venda um dos dois aviões que a presidência usa para as deslocações das autoridades máximas e de altos funcionários", afirmou o chefe de Estado, acrescentando que "os automóveis de luxo do Governo serão vendidos imediatamente".
Moreno, que tomou posse em maio, ordenou ainda o corte "em 10% do salário de todos os funcionários públicos de nível hierárquico superior, ou seja, aqueles que recebem uma remuneração mais elevada", detalhou o chefe de Estado equatoriano.
Também vão ser vendidos "todos os bens imóveis" na posse da empresa estatal Inmobiliar e o dinheiro angariado com as transações investido no programa "Casa para Todos", uma iniciativa governamental para gerar emprego e oferecer o "acesso à habitação às famílias mais pobres do país".
"A recuperação da economia ainda é subtil e para se conseguir que seja permanente precisamos do esforço de todos. Com ações económicas criativas e, repito, pensando sempre nos mais pobres, seguiremos em frente", sublinhou Lenín Moreno.
O Presidente equatoriano também indicou que o Governo vai cumprir todas as "obrigações internas e externas" e transmitiu aos investidores uma mensagem de confiança, afirmando que os "seus direitos serão respeitados".
"A nossa palavra será sempre honrada", frisou.
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