A semana começa com uma subida dos preços dos combustíveis. O aumento deverá verificar-se tanto no caso da gasolina como no do gasóleo, de acordo com as previsões divulgadas, na sexta-feira, pelo Automóvel Club de Portugal (ACP).
Em causa está um acréscimo de 3,5 cêntimos no caso do gasóleo e de dois cêntimos no caso da gasolina, segundo o ACP, que citou fontes do setor.
"Caso se confirmem as previsões para a próxima semana, o preço médio do gasóleo simples deverá subir para os 1,608 euros por litro enquanto o da gasolina simples 95 vai aumentar para os 1,693 euros por litro", adianta o ACP.
O ACP sublinha, contudo, "que estas previsões são feitas com base na assunção da manutenção das medidas extraordinárias de redução fiscal aplicadas pelo governo, para mitigar o aumento dos preços" e lembra que as "medidas em vigor incluem a redução do Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP) e a compensação da receita adicional do IVA".
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O que aconteceu na semana passada?
Este aumento dos preços, refira-se, surge depois do alívio que se verificou nas últimas duas semanas.
No início da semana passada, recorde-se, a gasolina ficou mais barata, ao passo que o gasóleo registou um (muito) ligeiro acréscimo, de acordo com os preços médios atualizados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).
Contas feitas, a gasolina simples 95 passou de 1,689 euros por litro para 1,675 euros por litro entre sexta e segunda-feira, o que significa menos 1,4 cêntimos.
Já o gasóleo simples passou de 1,570 euros por litro para 1,573 euros por litro, no mesmo período, o que significa um acréscimo inferior a meio cêntimo.
Como está o petróleo?
A cotação do barril de petróleo Brent para entrega em setembro terminou, na quinta-feira, no mercado de futuros de Londres em baixa de 2,21%, voltando a descer da barreira dos 70 dólares, para os 68,64 dólares. O crude do Mar do Norte, de referência na Europa, encerrou a sessão no Intercontinental Exchange a cotar 1,55 dólares abaixo dos 70,19 dólares com que acabou as transações na quarta-feira.
O Brent teve uma queda significativa, após três sessões de ganhos, e está a afastar-se da barreira dos 70 dólares por barril, enquanto os investidores avaliam a incerteza em torno dos planos tarifários do Presidente norte-americano, Donald Trump, e o seu impacto na economia global.
Trump ameaçou na quarta-feira o Brasil com tarifas de 50% sobre as exportações para os EUA, numa nova escalada das suas ameaças tarifárias, depois de ter também anunciado planos para impor taxas sobre o cobre, semicondutores e produtos farmacêuticos.
Porém, considerando que esta semana Trump também alargou o prazo para as negociações comerciais, originalmente previstas para terminar a 9 de julho, aumentando o seu histórico de retrocessos nas suas políticas tarifárias, os especialistas afirmam que o mercado está a tornar-se menos reativo a estes anúncios.
Os investidores estão também a observar com interesse a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP+) e os seus aliados, que depois de terem aprovado um aumento de produção superior ao esperado em agosto, surgem indicações de que poderão anunciar um novo aumento significativo em setembro.
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