O crude do Mar do Norte, de referência na Europa, fechou a sessão no Intercontinental Exchange a cotar 50 cêntimos abaixo dos 69,21 dólares com que encerrou as transações na segunda-feira.
O Brent terminou assim pelo segundo dia consecutivo em baixa a afastar-se do limiar simbólico dos 70 dólares, com os investidores a ignorarem as ameaças do Presidente norte-americano, Donald Trump, de aplicar mais sanções ao petróleo russo, se a Federação Russa não aceitar um acordo de paz na Ucrânia dentro de 50 dias.
Trump expressou na segunda-feira a sua vontade de impor taxas alfandegárias "de cerca de 100%" à Federação Russa e sanções secundárias aos países ou entidades que lhe comprem petróleo.
Fawad Razaqzada, analista de mercado da StoneX, indicou no seu boletim semanal que os investidores ignoraram as ameaças de Trump e estão "aliviados por Trump ter dado tempo suficiente a Putin para aceitar um cessar-fogo" e não ter atacado os principais compradores de petróleo russo, como a Índia e a China.
"Também já se estão a habituar às ameaças de Trump com as tarifas alfandegárias, para mudar de opinião no último minuto e estender os prazos. Por outras palavras, os investidores não levaram a sério as ameaças de Trump", acentuou.
A incerteza que rodeia a política alfandegária de Trump, com avanços e recuos, causou grandes flutuações na cotação do crude na semana passada, depois de ter estendido o prazo para concluir as negociações com os principais parceiros comerciais, como a União Europeia, até 01 de agosto.
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