A Venezuela foi suspensa do Mercosul, o principal bloco económico da América Latina. A decisão de suspender o país foi tomada pelas diplomacias brasileira, argentina, paraguaia e uruguaia. Os ministros dos Negócios Estrangeiros destes quatro países reuniram-se esse sábado em São Paulo para debater a crise que se acentua dia após dia na Venezuela.

Esta era uma decisão já esperada, mas que só agrava o isolamento do regime de Nicolás Maduro.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros brasileiro, Aloysio Nunes, disse que a Venezuela foi suspensa "por violação das normas democráticas" do bloco. "Ainda que venha a cumprir os requisitos e a incorporar as normas, se não tiver reestabelecido a democracia, a Venezuela permanecerá suspensa do bloco", afirmou num comunicado Aloysio Nunes.

Os países fundadores condicionaram o levantamento da suspensão à "libertação dos presos políticos, restauração das competências do poder legislativo, retoma do calendário eleitoral e anulação da Assembleia Constituinte".

Nesta sexta-feira o responsável pela diplomacia brasileira já tinha mostrado no Twitter a sua insatisfação pelo rumo que a Venezuela está a tomar.

"É intolerável que nós tenhamos no continente sul-americano uma ditadura. Houve uma rutura na ordem democrática na Venezuela. E, por consequência, o Brasil vai propor que seja suspensa do Mercosul até que a democracia volte."

É intolerável que nós tenhamos no continente sul-americano uma ditadura. Houve uma ruptura da ordem democrática na Venezuela.

— Aloysio Nunes (@Aloysio_Nunes) August 4, 2017

E, por consequência, o Brasil vai propor que ela seja suspensa do Mercosul até que a democracia volte.

— Aloysio Nunes (@Aloysio_Nunes) August 4, 2017

A Assembleia Constituinte, que tomou posse esta sexta-feira, foi rejeitada por uma larga maioria da comunidade internacional.

A Venezuela já tinha sido suspensa do Mercosul em dezembro do ano passado.