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Estado quer que famílias possam comprar dívida pública

O ministro das Finanças revelou hoje, no Luxemburgo, que o Estado planeia dar a possibilidade de subscrição de ações do Tesouro aos particulares, face ao aumento significativo da poupança das famílias portuguesas.

Estado quer que famílias possam comprar dívida pública
Notícias ao Minuto

16:32 - 21/06/13 por Lusa

Economia Gaspar

Falando à margem de uma reunião de ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin), Vítor Gaspar disse que o Governo pretende, “na segunda metade do ano, realizar uma série de ações com grande importância para a gestão da divida pública”, e prometeu que “muito em breve” será divulgada “toda a estratégia até ao regresso pleno ao mercado”, que incluirá vários instrumentos, entre os quais” a emissão de títulos destinados ao retalho”.

“Em primeiro lugar, o IGCP – Agência da Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - irá publicar um calendário indicativo de atividade no mercado de obrigações, voltando à regularidade com que geria o mercado de obrigações antes de se ter verificado o agravamento da crise das dívidas soberanas da área do euro”, começou por referir.

O ministro revelou de seguida que “o IGCP irá também beneficiar do facto de a poupança doméstica portuguesa ter aumentado significativamente, e de Portugal estar neste momento numa posição de financiador liquido relativamente ao resto do mundo”, para “encetar um processo de emissão de títulos destinados ao retalho”.

Este novo instrumento seria uma forma “de dar acesso à possibilidade de subscrever ações do Tesouro por parte de particulares e aforradores comuns na sociedade portuguesa”, mas também de “estender os instrumentos de tipo certificados de aforro para poder oferecer um conjunto mais amplo de instrumentos que poderão cativar as famílias portuguesas a considerar esses instrumentos de poupança”.

Segundo Vítor Gaspar, é “natural que os portugueses estejam à procura de formas alternativas de colocar as suas poupanças, e, uma vez que a dívida pública portuguesa oferece taxas de remuneração que são muito atraentes”, disse acreditar que “estas alternativas serão muito bem recebidas pelas famílias portuguesas”.

O ministro garantiu a propósito que têm sido recebidas “manifestações interesse”, de particulares que questionam por que não têm a possibilidade de subscrever diretamente ações do Tesouro português com remuneração atrativa que compara com outras alternativas, e observou que “a capacidade das famílias portuguesas para deterem instrumentos de poupança é substancialmente maior que num passado recente”.

Questionado sobre datas, indicou que a estratégia de gestão da dívida pública por parte do IGCP constará de um documento que o próprio IGCP “irá divulgar no princípio do segundo semestre deste ano”, com a “calendarização da disponibilização dos vários instrumentos”.

“A intenção é clarificar toda a situação ainda este ano e, de resto, eu esperaria que isso acontecesse bem dentro do terceiro trimestre (…). Toda a estratégia até ao regresso pleno ao mercado será divulgada muito em breve”, afirmou.

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