Lucros da Endesa caem 18% no primeiro semestre
O lucro da Endesa desceu 18% no primeiro semestre, para 653 milhões de euros, em comparação com os primeiros seis meses de 2016, desempenho explicado pelas diferentes condições do mercado nos dois períodos, anunciou hoje a elétrica.
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Economia Resultados
Sem efeitos extraordinários, o resultado líquido da empresa, com operação em Portugal, teria caído 27%, refere um comunicado hoje divulgado pela empresa espanhola.
"As muito diferentes e excecionais condições de mercado registadas nos primeiros seis meses de 2016 e de 2017 afetaram a comparação do EBITDA [resultado bruto da operação] e do resultado líquido da empresa" naqueles períodos, explica a Endesa.
No primeiro semestre, o EBITDA desceu 14% e ficou nos 1.605 milhões de euros, enquanto as receitas cresceram 9% e atingiram 10.004 milhões de euros.
A empresa espanhola especifica que a "elevada produção hidroelétrica e eólica" dos primeiros seis meses do ano passado levou a "preços extraordinariamente baixos no mercado grossista", enquanto que o mesmo período de 2017 se caracterizou por uma "forte redução destas tecnologias, o que levou a "uma extraordinária utilização" das centrais térmicas.
"Isto levou a preços muito altos no mercaco elétrico que tiveram um efeito muito defavorável sobre o negócio liberalizado", acrescenta.
A Endesa realça, no entanto, "a clara recuperação" conseguida no segundo trimestre "que se consolidará no resto do ano", com o EBITDA naquele período a ser "201 milhões de euros superior" ao primeiro trimestre (cerca de mais 30%).
A dívida financeira líquida em junho aumentou 676 milhões de euros relativamente a 31 de dezembro de 2016, para 5.614 milhões de euros.
O valor dos investimentos desceu 19% no primeiro semestre, para 392 milhões de euros, e a Endesa realça prever investir cerca de 600 milhões de euros na construção de 540 megawtts de energia eólica, instalação recentemente ajudicada.
Nos primeiros seis meses, a produção de energia renovável respondeu a "36,4% da procura peninsular de eletricidade devido à escassez de recursos hidráulicos e eólicos", uma percentagem que no mesmo período do ano passado era de 49,6%.
A Endesa avança que as tecnologias nuclear e hidroelétrica, sem emissões de dióxido de carbono, representaram mais de metade (54,7%) do 'mix' de produção da Endesa, contra 72,8% no primeiro semestre de 2016.
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