Estado pode "participar com capital" se TAP precisar
O presidente executivo da TAP, Fernando Pinto, afirmou hoje que o acionista Estado "pode também participar com capital" se a operadora aérea vier a necessitar, o que antes não acontecia.
© Global Imagens
Economia Fernando Pinto
"O que é muito importante é que hoje o acionista Estado pode também participar com capital se a empresa necessitar, o que antes não podia por força de todas as regulamentações de Bruxelas. As normas europeias não permitiam qualquer aumento de capital", afirmou aos jornalistas Fernando Pinto, no final da assembleia-geral do grupo TAP.
Atualmente, "com a estrutura acionista" - Estado com 50% e privados da Atlantic Gateway com 45% - "temos toda a condição de acesso a capital, quando necessário", acrescentou o gestor.
Os três pontos na ordem de trabalhos da assembleia-geral da TAP - alteração dos estatutos; eleição dos membros do Conselho de Administração, órgão que passa a ser presidido por Miguel Frasquilho, e a conversão de parte das ações ordinárias em alões de categoria A e B - foram aprovados por unanimidade, contando com uma participação 95,1404% do capital.
A reunião magna dos acionistas, que começou uma hora atrasada e demorou outro tanto para que os todos os pontos fossem aprovados, contou pela primeira vez com os trabalhadores enquanto detentores do capital da empresa (5%).
David Paes, presidente do SPAC - Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil, disse aos jornalistas que o "conjunto dos pilotos" comprou "3% da TAP", ou seja, mais de metade das ações que estavam disponíveis para os trabalhadores da companhia aérea portuguesa.
Fernando Pinto sublinhou o facto desta assembleia-geral contar com a participação dos próprios trabalhadores enquanto acionistas, o que considerou ser "o início de uma longa relação".
"A história da privatização da TAP já mostra um grande sucesso", afirmou o presidente executivo, salientando que a gestão da empresa é com os privados e o Governo "tem algo a dizer nos aspetos estratégicos".
Para Fernando Pinto, não existe "nenhuma preocupação" com o facto do Estado ser o maior acionista.
"Acho que foi um bom acordo" entre privados e Estado, considerou.
Relativamente à falta de funcionários do SEF - Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e à questão do novo aeroporto, o gestor disse contar com o apoio do Estado para resolver esta situação: "Esse é o lado importante do acionista Estado, vai poder sentir também as nossas dificuldades".
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