O Twitter está a ser palco de mais uma polémica, mas desta vez, os intervenientes não são socialites nem Donald Trump. Num tweet publicado esta quinta-feira de manhã, Isabel dos Santos fez estalar o verniz com um ataque a Pinto Balsemão pela "inconfessável ganância" nas negociações dos direitos de transmissão da SIC em Angola.

A incofessável ganância comercial de Pinto Balsemão:SIC preço 1milhão Euros/ano. Comparar com BBC 33mil€/ano, AlJazeah 66mil€/ano @expresso

— Isabel Dos Santos (@isabelaangola) 8 de junho de 2017

Numa publicação em que identificou o jornal Expresso, Isabel dos Santos deixa entender que a SIC terá pedido um milhão de euros à ZAP - a operadora detida pela filha do presidente angolano - pelos direitos de transmissão em Angola. Em comparação, a empresária lembra que a BBC cobra 33 mil euros por ano e a Al Jazeera pede 66 mil euros por ano.

Num segundo tweet, publicado em francês para responder à AFP France, Isabel dos Santos garante que "a decisão é comercial, não política" e garante que "a SIC é muito cara".

La raison est comercial pas politique. SIC Portugal prix 1million €/an. BBC prix 33mil€/an, AlJazeraa Prix 66mil€/an. SIC est trop chère !

— Isabel Dos Santos (@isabelaangola) 8 de junho de 2017

As publicações de Isabel dos Santos não esclarecem se a empresária estará a referir-se ao fundador da SIC, Francisco Pinto Balsemão, ou ao filho Francisco Pedro Balsemão, atual presidente da Impresa.

Recorde-se que a ZAP suspendeu em março as transmissões da SIC Notícias e da SIC Internacional em Angola após algumas reportagens pouco simpáticas para o regime de José Eduardo dos Santos. Esta semana, a DStv também cancelou as transmissões, a alguns dias do início da campanha para as eleições de agosto.

O Economia ao Minuto contactou fonte oficial da Impresa, que respondeu às palavras de Isabel dos Santos com uma curta declaração: "A SIC preocupa-se essencialmente com a liberdade de informação e com a prestação de serviços de qualidade aos seus clientes. Não vai, por isso mesmo, deixar-se enredar em 'tertúlias' nas redes sociais".

[Notícia atualizada no dia 9/06]