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Futuro presidente afasta possibilidade de despedimentos no banco

O futuro presidente executivo do BPI, Pablo Forero, voltou hoje a afastar a hipótese de saídas forçadas de trabalhadores do BPI, referindo que o banco tem agora mais dinheiro para processos de reestruturação, nomeadamente reformas antecipadas amigáveis.

Futuro presidente afasta possibilidade de despedimentos no banco
Notícias ao Minuto

14:58 - 27/04/17 por Lusa

Economia BPI

"O BPI tem uma política de reformas antecipadas sempre voluntárias de que gostamos e que vamos continuar e também este ano (...). Temos agora mais dinheiro e, por isso, podemos aceitar mais pedidos. Mas é voluntário e portanto não temos números", afirmou na conferência de imprensa de apresentação de resultados do primeiro trimestre.

Pablo Forero não quis, contudo, dar indicações de quantas pessoas poderão sair este ano.

No prospeto da Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre o BPI, o CaixaBank previa conseguir sinergias em três anos no valor de 120 milhões de euros, estimando que 35 milhões de euros sejam conseguidos com crescimento de receitas e 85 milhões com poupança de custos, parte importante com redução de 900 efetivos em três anos.

O ainda presidente executivo, Fernando Ulrich, também afirmou que, mesmo nos últimos anos, o banco nunca fez processos agressivos de saída de pessoal.

"Se nessa fase e até em períodos muito difíceis da economia e do setor bancário português, o BPI fez da forma como o fez (reformas e processos amigáveis) porque raio agora ia deixar de ser assim", questionou, de forma retórica, o futuro presidente não executivo do Conselho de Administração.

Ulrich disse ainda que não se pode falar em despedimentos no BPI, considerando até "muito injusto para com os portugueses que são despedidos e com consequências duras".

Fernando Ulrich e Plablo Forero apresentaram hoje os resultados do BPI entre janeiro e março, tendo tido nesse período prejuízos de 122,3 milhões de euros, o que compara com lucros de 45,8 milhões de euros do mesmo trimestre de 2016.

Em comunicado, o grupo explicou que o resultado foi afetado pela venda em janeiro de 2,0% do capital do Banco de Fomento de Angola (BFA) à operadora Unitel (operação pela qual o BPI passou de acionista maioritário do BFA a minoritário), o que teve um "impacto negativo de 212,3 milhões de euros" e obrigou à "desconsolidação dessa entidade, que passa a ser reconhecida nas contas do Grupo BPI pelo método de equivalência patrimonial".

Já excluindo o impacto da venda parcial do banco angolano, as contas trimestrais do BPI são positivas, apresentando, então, um lucro consolidado de 90 milhões de euros.

O grupo conseguiu lucros de 43,8 milhões de euros na atividade em Portugal (cinco vezes mais do que os 7,9 milhões do mesmo período de 2016) e 46,2 milhões na atividade internacional (que compara com 37,9 milhões de período homólogo).

Quanto a trabalhadores, o BPI terminou o mês de março com menos 62 trabalhadores em Portugal do que os que tinha no final de 2016, uma vez que terminou o primeiro trimestre com 5.445 trabalhadores na operação doméstica.

Em termos de custos com pessoal, o BPI gastou 77,5 milhões de euros até março, mais 5,4% do que o que gastou no mesmo período de 2016.

O banco nota, contudo, que neste período teve custos de 7,2 milhões de euros com as reformas antecipadas de 32 trabalhadores, sendo que dez já saíram e os restantes sairão até final do ano, e ainda 3,5 milhões de euros relativos às indemnizações dos mais de 50 trabalhadores da sucursal de França com os quais rescindiu contrato.

Já o ano passado, em 2016, saíram do banco 392 trabalhadores em Portugal.

O BPI realizou na quarta-feira a sua assembleia-geral no Porto, a primeira com o banco sob controlo do grupo espanhol CaixaBank e que serviu para aprovar o novo Conselho de Administração que liderará os destinos da instituição no novo ciclo.

Os acionistas do BPI elegeram com 99,77% de votos a favor o espanhol Pablo Forero como presidente executivo, que sucederá a Fernando Ulrich, que passará a presidente não executivo (?chairman'), um lugar mais de aconselhamento e menos executivo.

A assembleia-geral decorreu sem surpresas, com todos os pontos aprovados e muitos por unanimidade, tal como era esperado face ao facto de o CaixaBank ter 84,51% e a seguradora Allianz 8,27%, estando o restante capital disperso.

Contudo, os membros do Conselho de Administração só entrarão em funções após a autorização do Banco de Portugal (BdP), que ainda falta, pelo que até lá se mantém a atual administração.

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