"As mudanças e as reestruturações são um dos factos da vida na nossa indústria." Foi assim que Graeme Pitkethly, presidente executivo da Unilever, justificou o plano de reorganização estratégica apresentado aos investidores e jornalistas esta manhã.
Poucas semanas depois de ter abortado a fusão com a Kraft Heinz, um negócio avaliado em 134 mil milhões de euros, a Unilever decidiu avançar para um plano de redução de custos e da própria dimensão global que inclui a recuperação de ações a investidores e a venda de várias marcas com rentabilidade reduzida.
Segundo a Bloomberg, a marca de manteiga de barrar Flora, bem conhecida dos portugueses, surge na primeira linha de vendas devido ao lucros reduzidos e ao crescimento lento. O elevado valor da Flora também deverá permitir um encaixe interessante e uma melhoria da liquidez da Unilever.
Os cortes na despesa deverão permitir poupanças de seis mil milhões de euros até 2019 e darão margem à Unilever para avançar com uma plano de recompra de ações próprias de cinco mil milhões de euros. Os dividendos distribuídos deverão aumentar cerca de 12% e o objetivo de lucros operacionais foi revisto em alta para 20% a partir deste ano.